"O modus operandi do jornalismo da Globo: em 5 set 2017, o
Jornal Nacional dedicou 4min 33seg numa reportagem sobre o suposto 'Quadrilhão
do PT'. Agora, com Lula e Dilma absolvidos, uma simples nota seca de 51
segundos", apontou o jornalista Aquiles Lins, editor do 247, ao comentar a
diferença de critérios da Globo
5 de dezembro
de 2019
O jornalista
Aquiles Lins, editor do 247, levantou o tempo dedicado pela Globo para tratar
da acusação contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff
sobre o "quadrilhão do PT" e também da absolvição. As descobertas
comprovam, mais uma vez, como a Globo faz política – e não jornalismo – contra
seus adversários políticos. Confira os tweets e reportagem da Sputinik sobre o
caso:
Sputinik – A
Justiça do DF absolveu nesta quarta-feira (4) os ex-presidentes Luiz Inácio
Lula da Silva e Dilma Rousseff, além de Antônio Palocci e Guido Mantega e João
Vaccari Neto, no processo apelidado de "quadrilhão do PT".
O juiz Marcus
Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal em Brasília, afirmou que a denúncia
apresentada contra os membros do PT "traduz uma tentativa de criminalizar
a atividade política".
A ação penal
que envolvia os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, os
ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega, e o ex-tesoureiro do PT João
Vaccari Neto, apontava uma suspeita de crime de organização criminosa.
De acordo com
a decisão do juiz, "a descrição dos fatos vista na denúncia não contém os
elementos constitutivos do delito previsto no art. 2º, da Lei nº 12.850/2013
[organização criminosa]".
"A
narrativa que encerra não permite concluir, sequer em tese, pela existência de
uma associação de quatro ou mais pessoas estruturalmente ordenada, com divisão
de tarefas, alguma forma de hierarquia e estabilidade", afirmou o juiz.
"A
denúncia apresentada, em verdade, traduz tentativa de criminalizar a atividade
política. Adota determinada suposição – a da instalação de 'organização
criminosa' que perdurou até o final do mandato da ex-presidente Dilma Vana
Rousseff – apresentando-a como sendo a 'verdade dos fatos', sequer se dando ao
trabalho de apontar os elementos essenciais à caracterização do crime de
organização criminosa", completou.
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