(Foto: Guilherme Santos/Sul21)
Em mensagem de Ano Novo à jornalista Regina Zappa, da TV 247, o
teólogo reflete sobre o que foi o ano de 2019 - “nunca tivemos em nossa
história tanta contradição e falta de sentido e solidariedade” - e dá as
perspectivas sobre 2020: “Nós vivemos uma situação de caos, mas dentro do caos
se anuncia lentamente uma nova ordem, uma nova situação, um novo tipo de
Brasil”
30 de dezembro
de 2019
Em uma
mensagem otimista e de esperança para o ano de 2020, o teólogo Leonardo Boff
reflete que o Brasil vive em meio ao caos, mas que dele “sairá um novo Brasil”.
A mensagem foi feia em vídeo para a TV 247, por meio da jornalista Regina
Zappa, apresentadora do programa Estação Sabiá (assista ao final desta
matéria).
Antes de fala
sobre o futuro, Boff faz um histórico do que foi 2019. “Nunca em nossa história
tivemos tanta impostura, mentira, tanta dominação em cima dos pobres, indígenas,
que têm outra opção sexual, que estão à margem da sociedade”, resumiu. “É com
muita tristeza que nós assistimos ao final desse ano, que acho que foi o ano do
império da impostura. A impostura daquela atitude de não dar valor à verdade,
nem às leis”.
Ele analisou
que o momento político atual do Brasil não pode ser interpretado de um ponto de
vista apenas do País, mas mundial, uma vez que “forças internacionais sabem que
o Brasil é fundamental para o equilíbrio da Terra” e por isso “todo mundo é
vigilante sobre o Brasil e estão interessados na sua riqueza”.
Especificamente
sobre Jair Bolsonaro, ele disse que temos hoje o presidente “mais despreparado
de toda a história brasileira”, que “não conhece política, não tem nenhuma
relação com a verdade”. “Mas eu creio que o Brasil é muito maior do que essa
situação e que esse presidente”.
“E aqui eu
faço uma referência a um tema que é da moderna visão do mundo, da nova
cosmologia. O caos nunca é só caótico, o caos é generativo. Nós vivemos uma
situação de caos, mas dentro do caos se anuncia lentamente uma nova ordem, uma
nova situação, um novo tipo de Brasil. Então nós devemos suportar esse caos, na
esperança de que ele não é só destrutivo, que ele constrói um Brasil diferente,
mais soberano, mais experimentado, mais maduro, mais aberto ao mundo”,
refletiu.
“Vai ser
difícil o ano que vem, mas vamos acumular energias - já acumulamos muita - para
transformações necessárias e urgentes - e elas vão acontecer”, concluiu o
teólogo.
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