(Foto: Divulgação)
O Ministério Público Federal abriu investigação para apurar
sobre propinas pagas ao procurador Januário Paludo, integrante da força-tarefa
da Operação Lava Jato. Antigo membro da Lava Jato, Pauldo é apontado como
conselheiro do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, e
próximo do ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça do governo de extrema-direita
de Jair Bolsonaro
5 de dezembro
de 2019
Já está em
curso a investigação sobre o pagamento de propinas ao procurador da Operação
Lava Jato, Januário Paludo.
A apuração
começou com um relatório da Polícia Federal, de outubro, sobre mensagens
trocadas entre o doleiro Dario Messer e sua namorada.
As mensagens
citam que foi paga propina ao procurador Paludo para proteger o doleiro. O
relatório da PF foi enviado à PGR (Procuradoria-Geral da República) para adoção
de providências. Integrantes do órgão avaliaram o caso como gravíssimo.
A Corregedoria
do Ministério Público Federal instaurou uma sindicância para apurar as mesmas
suspeitas do ponto de vista ético-disciplinar.
Dario Messer,
conhecido como “o doleiro dos doleiros”, é um dos que devem ser ouvidos na
investigação penal no STJ. Outros nomes que acusam a Lava Jato de praticar
desvios também poderão ser chamados a depor, como o advogado Rodrigo Tacla Duran,
conforme apurou a reportagem do jornalista Reynaldo Turollo Jr. da Folha de
S.Paulo.
Nas conversas
obtidas pela PF, o doleiro dos doleiros Messer diz à sua namorada que uma das
testemunhas de acusação contra ele teria uma reunião com Paludo, e acrescenta:
“Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos
meninos todo mês”.
Para a PF,
ainda de acordo com a reportagem do UOL, os “meninos” mencionados por Messer
são Claudio Fernando Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira
Barreto, o Juca, suspeitos de atuar com o doleiro em operações de lavagem de
dinheiro investigadas pela Lava Jato do Rio.
Paludo está na
Operação Lava Jato em Curitiba desde o seu início, em 2014. Ele é apontado como
conselheiro do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa, e
próximo do ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça do governo de
extrema-direita de Jair Bolsonaro.
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