(Foto: Agência Brasil)
"O
que falta para algum juiz decretar a prisão de Flávio Bolsonaro?", diz o
deputado Paulo Pimenta (PT-RS), após a descoberta do esquema de nepotismo,
desvio de salários e lavagem de dinheiro que envolve o clã Bolsonaro
19 de
dezembro de 2019
O
deputado Paulo Pimenta (PT-RS) cobrou a prisão de Flávio Bolsonaro,.após a
denúncia sobre o esquema das rachadinhas na Alerj, que beneficiou toda a
família presidencial. Ele disse ainda que o esquema de corrupção constrange
Sergio Moro. Confira seus tweets e também reportagem da Reuters:
18 de
dez de 2019
RIO
DE JANEIRO (Reuters) - Uma loja franquia de uma rede de chocolates que tem como
sócio o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente Jair
Bolsonaro, foi alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira em uma operação
comandada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro na investigação
que investiga um suposto esquema de “rachadinha”, quando se há apropriação de
salários de servidores da época em que ele era deputado estadual fluminense.
O
advogado de Flávio Bolsonaro, Frederick Wassef, confirmou em nota a batida em
um dos endereços do seu cliente.
“Recebemos
a informação sobre as novas diligências com surpresa, mas com total
tranquilidade. Até o momento, a defesa não teve acesso a medida cautelar que
autorizou as investigações e, apenas após ter acesso a esses documentos, será
possível se manifestar”, disse.
“Confirmo
que a empresa do meu cliente foi invadida, mas garanto que não irão encontrar
nada que o comprometa. O que sabemos até o momento, pela imprensa, é que a
operação pode ter extrapolado os limites da cautelar, alcançando pessoas e
objetos que não estão ligados ao caso”, completou.
Em
meio às investigações, o senador foi ao Palácio da Alvorada no início da noite
desta quarta, onde foi recebido pelo pai, o presidente Jair Bolsonaro, que,
diante da presença do filho, não parou para falar com apoiadores e jornalistas
que o aguardavam em frente à residência oficial, como costuma fazer,
limitando-se a tirar algumas fotos brevemente com alguns simpatizantes.
As
investigações envolvendo Queiroz chegaram a ser paralisadas este ano depois de
uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que
proibiu investigações que usassem como base informações do Conselho de Controle
de Atividades Financeiras (Coaf) —como ocorre na investigação do Ministério
Público do RJ. A medida foi derrubada posteriormente pelo plenário do Supremo.
Uma
fonte ligada ao senador disse, reservadamente, que ele esperava alguma ação do
MP fluminense, mas não estava claro se isso realmente ocorreria por agora. O
senador avaliava que algo poderia ocorrer após a decisão do Supremo sobre Coaf.
Ele, que está em Brasília, ficou surpreso com a operação, segundo essa fonte.
A
operação desta quarta é um desdobramento das investigações que descobriram
movimentações financeiras atípicas de então assessores de Flávio Bolsonaro
quando ele era deputado estadual, em especial de Fabrício Queiroz e de
familiares da ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. Queiroz era um dos
principais assessores de Flávio na Alerj.
Em
nota, o Ministério Público do Rio informou que 24 endereços foram alvos de
busca e apreensão numa apuração que visa investigar movimentações suspeitas
envolvendo Queiroz. Em razão do sigilo da operação, segundo a nota, mais
informações não poderiam ser divulgadas.
“A
operação é uma continuidade do fluxo da investigação”, disse uma fonte com
envolvimento direto na ação, sob sigilo. “A operação está em curso e as
diligências estão sendo cumpridas”, acrescentou uma segunda fonte.
A
defesa de Queiroz afirmou em nota que recebeu com tranquilidade e surpresa a
medida de busca e apreensão deflagrada nesta quarta-feira, “uma vez que ele
sempre colaborou com as investigações, já tendo, inclusive, apresentado todos
os esclarecimentos à respeito dos fatos”.
Segundo
fontes com conhecimento da ação deflagrada nesta quarta-feira, Ana Cristina
Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, e pessoas próximas a ela que teriam
trabalhado como assessores de Flávio Bolsonaro na Alerj estão entre os alvos.
Não foi possível localizar de imediato representantes de Valle.
Flávio
Bolsonaro é investigado pelo MP do Rio de Janeiro por suspeita de
irregularidades financeiras em seu gabinete na Alerj. Queiroz, que seria o
coordenador do esquema, movimentou mais de 1 milhão de reais em suas contas
bancárias no intervalo de um ano, de acordo com as investigações.
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