Mais uma revelação bombástica: o miliciano Adriano da Nóbrega,
chefe do Escritório do Crime, e um dos principais suspeitos de assassinar
Marielle Franco, também recebia parte dos salários desviados do gabinete de
Flávio Bolsonaro na Alerj; escândalo cresce e torna praticamente insustentável
a permanência de Sergio Moro no governo
19 de dezembro
de 2019
No documento
em que pediu à Justiça os mandados de busca e apreensão, o Ministério Público
do Rio afirma que o chefe da milícia Escritório do Crime, o ex-PM Adriano
Magalhães da Nóbrega, ficava com parte dos valores arrecadados na
"rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro à época em que ele era
deputado estadual.
O Escritório
do Crime, que atua em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro, é
apontado pela Polícia Civil do Rio e pela promotoria como responsável pela
morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018. Adriano está
foragido da Justiça.
De acordo com
o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), diálogos de
WhatsApp da ex-mulher do miliciano, Danielle Mendonça da Costa, com o
ex-assessor Fabrício Queiroz — apontado como operador financeiro no esquema do
gabinete de Flávio — e com Adriano mostram que o chefe do Escritório do Crimes
tentou manter sua ex-esposa no cargo e admitiu que era beneficiado por parte
dos recursos desviados por parentes dele também nomeados na Assembleia
Legislativa do Rio (Alerj).
Em conversa no
dia 6 de janeiro, Danielle relata a Adriano problemas financeiros e ele se
compromete a ajudar com "um complemento". Nessa mesma conversa, o
ex-PM afirma que "contava com o que vinha do seu também", indicando
que recebia parte dos valores oriundos de rachadinha no gabinete de Flávio. O
MP não revela, contudo, o quanto Adriano teria embolsado.
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