POR FERNANDO
BRITO · 15/01/2020
O dia no
mercado financeiro foi de fazer os otimistas roerem as unhas.
O dólar foi a
R$ 4,183, uma alta de 4,32% sobre a cotação com que encerrou 2019, como você vê
no gráfico, retirado do ValorData.
Dizem os tais
“especialistas” que são preocupações com o fluxo cambial, o que não deveria ser
nenhuma novidade, já que ele fechou o ano passado com os piores números de sua
história e isso não ia mudar apenas com a troca do calendário.
O problema é
que as editorias e colunistas estavam muito ocupados com o “agora a coisa vai”
que desprezaram a informação.
Os dados da
balança comercial, se olhados no detalhe, mostram que a semana de 6 a 12 de
janeiro – o que vale, porque a anterior, a da virada do ano, tem distorções de
liquidação e câmbio que distorcem os dados – teve um número de exportação
ridículo, que resultou num saldo comercial praticamente zero; apenas 14 milhões
de dólares.
Verdade que se
tem de esperar um pouco mais de tempo e que os números devem sofrer melhora,
sobretudo com a intensificação dos embarques de soja, mas a “prévia” é muito
preocupante.
No mercado
acionário, acelera-se a saída de investidores estrangeiros, como frisei ontem
aqui: já são R$ 4,6 bilhões, com dados que vão só até o dia 10.
Tudo isso com
o mercado internacional navegando em céu de brigadeiro, com a redução (por
enquanto) das tensões no Oriente e com a confirmação do acordo comercial entre
China e EUA.
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