
(Foto: reprodução)
Para a Defensoria Pública da Uinão, o ministro da Educação,
Abraham Weintraub, cometeu “seríssima ofensa ao princípio da impessoalidade”,
previsto na Constituição, ao atender pedido de apoiador pelas redes sociais e
refazer a análise da prova do Enem
27 de janeiro de
2020
João Paulo
Dorini, da Defensoria Pública da União (DPU), encaminhou comunicado ao ministro
da Educação, Abraham Weintraub, afirmando que ele cometeu “seríssima ofensa ao
princípio da impessoalidade” ao revisar a nota no Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) de uma estudante, após pedido do pai dela feito pelo Twitter.
O defensor
lembrou que a impessoalidade é um pilar da administração pública, previsto na
Constituição Federal.
“Se aqueles que
fazem pedidos informais nas redes sociais para revisão da nota são atendidos,
por que não o são aqueles que o fizeram pelo canal criado pela própria
Administração? E por que não se informa adequadamente cada um dos solicitantes
da revisão, caso de fato ela já tenha sido realizada, já que o próprio Ministro
da Educação pôde fazê-lo pelas redes sociais para alguém que aparentemente ele
sequer conhece pessoalmente?”, questiona Dorini na manifestação, segundo
reportagem do jornal O Globo.
No sábado (25),
Weintraub determinou que o presidente do Inep verificasse se estava correta a
nota da prova do Enem de uma candidata após receber pedido do pai dela pelo
Twitter. Carlos Santanna, um apoiador de Bolsonaro nas redes, postou a
reclamação e marcou o perfil de Weintraub.
O ministro
respondeu com um print de uma conversa de seu celular de uma conversa com um
interlocutor identificado como Alê, que supostamente seria Alexandre Lopes,
presidente do Inep.
“Alê, tem como
verificar”, escreveu o ministro. A resposta foi: “Ministro, a participante teve
a prova corrigida corretamente. Tudo confere. Fez a prova em Ribeirão Preto/SP.
Conferido com a aplicadora. Não houve erro de associação no caso dela.”
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