O grupo de comunicação Globo, um dos mais alinhados ao ministro
da Justiça, Sergio Moro, fez uma análise sobre suas posições públicas e
concluiu que ele é um político; portanto, Moro já pode ser considerado um dos
potenciais candidatos à presidência em 2022 e um adversário de Jair Bolsonaro
no campo da direita
12 de janeiro
de 2020
"Em pouco
mais de 700 tuítes até agora, o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança
Pública) tem desenhado um perfil cada vez mais político para si. Desde abril,
quando ingressou na rede social, Moro reduziu a frequência de postagens sobre
ações de governo e aumentou a carga de elogios, críticas e posicionamentos
sobre temas variados, desde a soltura do ex-presidente Lula até índices de
criminalidade no país", aponta reportagem de Bernardo Mello, publicada no
jornal O Globo deste domingo.
A análise do
jornal a partir das publicações de Moro no Twitter aponta que o ministro usou a
rede social de forma mais opinativa nos últimos meses. "Em dezembro, por
exemplo, a conta do ministro somou 25 tuítes em que predominaram opiniões, por
exemplo, sobre o decreto do indulto natalino, a sanção à figura do juiz de
garantias e a escolha do próprio Moro como uma das personalidades da década por
um jornal britânico. Já no mês de estreia na rede social foram apenas 14
postagens com esse perfil, a maioria rebatendo críticas ao pacote anticrime.
Enquanto Moro fez quase 100 publicações em abril destinadas a divulgar ou
explicar ações de governo, a incidência desse perfil caiu para 36 tuítes em
novembro, mês que antecedeu a aprovação do pacote anticrime no Congresso. Ao
criar sua conta no Twitter, Moro disse que usaria a rede social para 'divulgar
os projetos e propostas' do Ministério da Justiça", informa o jornalista.
Essa mudança
de perfil indica que Moro já pode ser considerado um dos potenciais candidatos
à presidência em 2022 e um adversário de Jair Bolsonaro no campo da direita.
Ele já tem convite, inclusive, do Podemos, de Alvaro Dias, para disputar o
cargo daqui a três anos. Não por acaso, o Podemos foi um dos alvos recentes de
Bolsonaro.
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