"O secretário se foi, mas todo o projeto ficou. A questão
central é simples: Roberto Alvim não estava só, nem falava sozinho", diz
ela
18 de janeiro
de 2020
A jornalista
Miriam Leitão lembra, em sua coluna no Globo, que Roberto Alvim não era o único
nazista no governo de Jair Bolsonaro e cita a transmissão que ambos fizeram
juntos na última quinta-feira. "O fato de ele ter sido demitido, após a
natural comoção que provocou no país, não elimina as muitas dúvidas que nos
rondam. Roberto Alvim não tinha evidentemente a força que teve o ministro da
propaganda de Adolf Hitler, mas a dúvida é: o que quer um governo em que um
secretário se sente à vontade para fazer a evocação de um notório genocida? E
isso logo depois de ser coberto de elogios pelo presidente da República",
diz ela.
"Ao meu
lado, o Roberto Alvim, o nosso secretário de cultura. Depois de décadas, agora
temos sim um secretário de cultura de verdade. Que atende o interesse da
maioria da população brasileira. População conservadora e cristã. Muito
obrigado por ter aceito essa missão. Você sabia que não ia ser fácil né?",
afirmou Bolsonaro na live.
“Vamos contar
a história verdadeira do Brasil de 1500 até agora”, disse Bolsonaro, ao lado de
Alvim. O ex-secretário repetiu: “Vai ser a maior política cultural do seu
governo e ouso dizer uma das maiores políticas de incentivo à cultura da
história do Brasil. É um edital que vai patrocinar em várias categorias obras
inéditas. Vamos escolher e lançar.”
"A
cultura sob encomenda, a arte fabricada para um projeto de poder, a história
reescrita e num governo que exalta torturadores. O secretário se foi, mas todo
o projeto ficou. A questão central é simples: Roberto Alvim não estava só, nem
falava sozinho", afirma Miriam.
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