POR FERNANDO
BRITO · 22/01/2020
Quem pensa que
os efeitos da entrevista de Sergio Moro ao Roda Viva, serão tão inexpressivos
quanto foi o conteúdo do programa, com o tom autocrático e peremptório de
ministro, creio eu, engana-se.
Bolsonaro e
seu núcleo não devem estar, a esta hora, ruminando a suposta “disciplina
hierárquica” de Moro, ao dizer que não lhe cabe dar opiniões sobre ações e
declarações do chefe.
É evidente que
isso é forma pretensamente “esperta” de repetir o velho bordão de um personagem
de Jô Soares: “não me comprometa!”
Tenta manter,
assim, uma distância pretensamente saneadora, como se pudesse permanecer limpo
quem está – e faz parte – dentro do pântano.
E, portanto,
em condições de ser candidato sem a mácula de ser bolsonarista.
Moro é assim:
encoberto, calculista e, afinal, um ser primário.
Mais, até, que
o próprio chefe, que lhe percebe os planos.
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