16 fevereiro de 2020
Adriano e a mulher em uma
fazenda do interior da Bahia: juízes impedem cremação até que circunstâncias de
sua morte em suposto confronto sejam completamente esclarecidas Foto:
Reprodução
Uma mulher que ocupou cargos
na Assembleia Legislativa do Rio, no governo do estado e na prefeitura é
considerada peça-chave para esclarecer como o ex-capitão do Batalhão de
Operações Policiais Especiais (Bope) Adriano Magalhães da Nóbrega ficou
foragido por um ano, mantendo uma vida de luxo. Viúva do miliciano, Júlia
Emília Mello Lotufo, de 28 anos, é suspeita de levar para o marido o dinheiro
da contravenção e da milícia de Rio das Pedras, que o manteve tanto tempo longe
do radar da Polícia Civil. Mas foi ao monitorá-la que os investigadores
chegaram a Esplanada, na Bahia, onde o bandido acabou sendo morto por policiais
militares.
Assim como a mãe de Adriano,
Raimunda Veras Magalhães, e a ex-mulher dele, Danielle Mendonça, que foram
assessoras parlamentares no gabinete do então deputado estadual Flávio
Bolsonaro, Júlia trabalhou na Alerj na mesma época. Em 31 de agosto de 2016, o
presidente da Casa à época, Jorge Picciani, a nomeou para exercer o cargo em
comissão de assistente VII, na Subdiretoria-Geral de Recursos Humanos. Ela
ganhou R$ 3,5 mil até 10 de julho de 2017, quando foi exonerada. Raimunda e
Danielle só saíram do Legislativo em novembro de 2018, pouco antes da Operação
Intocáveis, que combateu a milícia de Rio das Pedras, em janeiro do ano passado.
Adriano, um dos principais investigados, iniciou a fuga na ocasião.
Por intermédio de seu
advogado, o ex-deputado Jorge Picciani afirmou não conhecer Júlia e disse que
todos os atos de nomeação são assinados pelo presidente em conjunto com o
primeiro secretário.
De Chico Otávio e Vera
Araújo no Globo
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