Foto: Remo Casilli/Reuters/Ricardo Stuckert/Instituto Lula
9 de fevereiro de 2020
O deputado Luiz Philippe de Orleans e
Bragança, do PSL e aliado de Bolsonaro, enviou um ofício ao arcebispo Giovanni
D’aniello, da Nunciatura Apostólica em Brasília, cobrando explicações sobre a
visita que Lula fará ao Papa Francisco na próxima quarta-feira. É a
representação do Vaticano aqui.
Um dos incômodos do deputado-príncipe é que
Lula, além de condenado em instâncias superiores, é também um comunista.
“Indago, respeitosamente, se Sua Santidade
não teme pela imagem da Santa Igreja ao apoiar abertamente notórios comunistas
brasileiros que, comprovadamente, cometeram graves crimes. Questiono, ainda,
quanto à legitimidade dessa visita e os efeitos negativos que poderão acarretar
ao povo e às instituições brasileiras”, escreveu Orleans e Bragança no
encerramento do ofício.
O arcebispo Giovanni é italiano e núncio
apostólico no Brasil desde 2012, nomeado pelo Papa Bento XVI.
No decorrer do texto, o deputado sugere que
a Santa Sé deve algo por algum benefício alcançado no governo Lula.
“Sem querer especular se há qualquer
obrigação que a Santa Sé tenha contraído com o condenado no passado, quando
ocupava a Presidência do Brasil, ao recebê-lo representará a impunidade e
desrespeito às instituições brasileiras. Essa é a prática reiterada pelo
condenado e pela organização criminosa que ele dirige. O partido (PT), assim
como o condenado, promovem ideologia socialista e objetivos comunistas
abertamente há várias décadas”.
Orleans e Bragança escreve ser público que
a Igreja Católica no Brasil apoia sistematicamente Lula e seus aliados nas
eleições.
“Fica a dúvida da missão da Igreja como
braço político militante de qualquer ideologia. Fica também a dúvida se houve
mudança nos valores tradicionalmente defendidos pela Igreja ou se esses foram redefinidos
lentamente pela ideologia comunista”.
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