Os cabrestos eletrônicos do TSE e da Globo. (Foto: Divulgação)
Depois de normalizar a eleição de Jair Bolsonaro, o jornal O
Globo, da família Marinho, descobre que ele atenta contra o que restou da
democracia no Brasil
20 de fevereiro
de 2020
O jornal O
Globo, que se vê como parte de uma dita "imprensa profissional" no
Brasil, embora tenha apoiado os golpes de 1964 e 2016 no Brasil, descobriu
agora que Jair Bolsonaro é uma ameaça à democracia. "O ataque à imprensa
profissional e as torpes agressões a Patrícia Campos Mello, jornalista da
'Folha de S.Paulo', são parte de um desejo autoritário de garrotear as
instituições. Nada é por acaso. A radicalização avança com suporte nas redes,
onde atuam milicianos digitais facilmente identificados. Trata-se de um
fenômeno, de antes dos nossos tempos, em que autoritários já chegavam ao poder
usando os canais da democracia — o voto, a representação popular — para
destruir por dentro a própria democracia", diz editorial publicado nesta
quinta-feira.
O jornal também
condena os ataques do general Augusto Heleno ao Congresso Nacional. "É
neste ambiente que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto
Heleno, aparece, gravado involuntariamente na manhã de terça, irritado com o
que chama de 'chantagens' de parlamentares nas negociações sobre os vetos
presidenciais à Lei de Diretrizes Orçamentárias. Depois, em uma reunião, Heleno
conclamou o presidente a chamar o “povo às ruas” contra o Congresso. Bolsonaro
pediu calma ao ministro. Mas é ele que tem contribuído para este ambiente que
já vinha polarizado. Quando o chefe sobe o tom, e até toma atitudes
desqualificadas, a tropa acha que é sinal de avançar", aponta o texto.
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