e Januário Paludo, da Lava Jato (Arquivo)
15 DE
FEVEREIRO DE 2020
O processo
contra o doleiro tem relação com o caso Banestado, que projetou Sergio Moro na
magistratura e pelo qual o atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro foi
investigado no Conselho Nacional de Justiça
O procurador
da Lava Jato, Januário Paludo, atuou como testemunha de defesa do doleiro Dario
Messer em 2011 em um processo que tramita na Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Em conversa interceptada pela Polícia Federal, Messer, que é conhecido como “o
doleiro dos doleiros”, diz que pagou propina a Paludo para garantir uma
blindagem nas investigações da Lava Jato.
Segundo
reportagem de Vinicius Konchinski, no portal Uol neste sábado (15), Paludo foi
chamado a prestar depoimento por um advogado do doleiro. Aceitou e o inocentou
em juízo. O nome do procurador ainda é citado no pedido de absolvição de
Messer, encaminhado pela defesa do doleiro à Justiça recentemente, segundo o
jornalista.
O processo
contra o doleiro tem relação com o caso Banestado, que projetou Sergio Moro na
magistratura e pelo qual o atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro foi
investigado no Conselho Nacional de Justiça.
No depoimento,
o procurador disse ter investigado o envolvimento de Messer no caso Banestado,
entre 2003 e 2005. Ressaltou não ter encontrado provas contra o doleiro ou sua
família. “Até a parte onde eu fui, não identificamos, em princípio, nenhuma
ligação da família Messer”, disse.
Mas Paludo não
disse no depoimento que, em 2005, ele e seus colegas pediram na Justiça a
prisão preventiva de Messer. A medida deve ser solicitada quando existem
indícios suficientes para ligar um investigado a um crime.
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor