(Foto: Reprodução | Marcos Corrêa/PR)
Mídia conservadora levanta-se contra Bolsonaro. Fala em
"desgoverno", "chefe de bando", destruição da democracia e
até em impeachment. Mas continua apoiando firmemente o programa ultraliberal de
Paulo Guedes
20 de fevereiro
de 2020
A mídia
corporativa cansou de Bolsonaro, a quem apoioiu de maneira uníssona e agressiva
nas eleições de 2018. Desde esta quarta (19), começando pela Folha, alguns dos
princiáis veículos conservadores do país partiram para o ataque ao presidente
que ajudaram a elegere: O Globo, Estado de S.Paulo e Istoé. Todos eles,
entretanto, mantém seu apoio firme ao programa de ultraliberal destruição
nacional de Paulo Guedes.
O estopim para a
rebelião conservadora, que se estende aos líderes políticos da direita tradicional,
foi o brutal ataque de Bolsonaro na últma terça (18) à jornalista Patrícia
Campos Mello, que tem liderado as apurações sobre a campanha de fake news que
definiu a eleição de 2018.
A primeira
reação foi da Folha de S.Paulo que, em editoria nesta quarta disse que
Bolsonaro é um "chefe de bando".
- "O chefe de Estado comporta-se como chefe de bando. Seus jagunços
avançam contra a reputação de quem se anteponha à aventura autoritária".
O jornal dos
Marinho, O Globo, apontou em editorial que Bolsonaro tem "um desejo
autoritário de garrotear as instituições" e que seu governo pretende
"destruir por dentro a própria democracia".
Sob o título
"Descontrole total", um dos mais conservadores jornais do pais, O
Estado de S.Paulo, foi taxativo:
"estamos diante de um desgoverno".
A revista Isto
é, um das mais estridentes no apoio ao golpe, na perseguição a Lula e ao PT e
na sustentação da candidatura de Bolsonaro, foi a mais radical. Antecipou sua
edição semanal, que foi lançada nesta quarta, e pediu abertamente o impedimento
de Jair Bolsonaro. A edição estampa em sua capa: "de acordo com a
Constituição, o chefe de Estado já deu caudalosas razões para a abertura de
processo de impeachment. Cabe agora aos demais poderes o papel e o dever de
investigar e julgar a conduta do inquilino do Planalto."
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