Este é o melhor desempenho em 16 anos, levando o estado a ocupar
a 14º posição na pauta das exportações brasileiras dentre as 27 unidades da
federação
22 de
fevereiro, 2020 | Por: Rebecca Fontes
Nos últimos 23
anos, as exportações cearenses cresceram 6,42 vezes, passando dos US$ 352
milhões (1997) para US$ 2,2 bilhões em 2019. Com isso, o estado ocupou a 14º
posição na pauta das exportações brasileiras dentre as 27 unidades da federação
(26 estados e mais o Distrito Federal), com 1,01% de participação, registrando
ganho em relação a 2018, quando o índice era de 0,98% das exportações do país.
Na pauta de exportações nordestina, o estado passou a ter uma participação de
13,68%, passando para a terceira colocação regional nos últimos três anos da
série. A grande responsável por este resultado foi a Companhia Siderúrgica do
Pecém (CSP), que responde por mais de 50% da pauta de exportações do Ceará.
Os dados do
estudo estão contidos no Informe Nº 168 – Fevereiro/2020, publicado ontem (20)
pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec), do Instituto de Pesquisa e
Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Segundo Alexsandre Lira Cavalcante,
analista de Políticas Públicas do Ipece, o interessante observar é como se
comportou a pauta de exportações do Ceará nos últimos 23 anos. “Não é comum o
estado bater essa barreira de 1%, o que só foi conseguido em 2003, quando
atingimos 1,04% das exportações nacionais. Isso mostra que o Ceará tem uma
barreira a ser ultrapassada e que só foi conseguida por conta das vendas da
CSP”, destaca.
Se não fosse a
siderúrgica, Cavalcante diz que as exportações em 2017, 2018 e 2019 teriam
despencado, pois a CSP responde por mais da metade da pauta de exportações
cearenses. Sem ela, a pauta seria sapatos, frutas, castanha, couros e peles que
não estão crescendo como o esperado nos últimos três anos. Esse desempenho
também tornou o município de São Gonçalo do Amarante o líder em exportações no
Ceará.
Pela análise
dos dados foi possível perceber que as exportações cearenses apresentaram uma
trajetória ascendente nos últimos vinte e três anos até 2019, mas registrou
queda na comparação com 2018, após três anos de crescimento sucessivos. Nesse
mesmo período, onze estados ganharam e dezesseis perderam participação na pauta
de exportações nacionais na comparação dos anos de 2018 e 2019. O Ceará, apesar
de não ter tido grandes ganhos como Pará (+1,30 p.p.), Minas Gerais (+0,97
p.p.), Mato Grosso (+0,73 p.p.), Espírito Santo (+0,22 p.p.) e Santa Catarina
(+0,88 p.p.), também não está entre os 16 que mais perderam, ficando no grupo
de estados que ganhou participação de 0,03 p.p. na comparação destes anos.
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