Sob Bolsonaro, Brasil fica sem mercados externo e interno e a
economia não reage com ‘Posto Ipiranga’
22 de
fevereiro de 2020
O presidente
da República, Jair Bolsonaro (sem partido), já deu mostras suficientes que
adota o velho mantra invertido do Palhaço Tiririca: ‘Pior que tá, pode ficar’.
O quadro atual
é de recessão, falta de confiança, que pode significar mais desemprego após o
Carnaval.
O Banco
Central (BC) informou esta semana que as exportações despencaram e o Brasil fechou
o mês de janeiro de 2020 com déficit de US$ 11,9 bi nas contas externas. Foi o
pior resultado já registrado no mesmo período do ano passado, quando rombo foi
de US$ 9 bi.
Em tese, o
dólar alto teria que beneficiar as exportações brasileiras porque os produtos
locais ficariam mais baratos para os importadores. Eis o motivo que o ministro
Paulo Guedes vinha apostando na subida da moeda americana, porém, segundo o BC,
o “Posto Ipiranga” falhou na jogada.
Além de o
mercado externo não corresponder com os anseios do governo, internamente,
Bolsonaro e Guedes destruíram o poder de compra dos trabalhadores
desempregando-os ou informalizando-os.
Ou os
brasileiros se ‘uberizaram’ (dirigindo Uber) e ganharam o título de
“empreendedores” ou tiveram a mão de obra ‘precarizada’ e, por isso, passaram a
ganhar muito menos do que antes da reforma trabalhista.
Uma das
primeiras alegações do governo para justificar o apagão na economia, já
antecipada aqui, seria culpar o coronavírus na China, no entanto, trata-se de
uma quebradeira anunciada devido à natureza não sustentável e dependente do
modelo macroeconômico adotado.
Em outras
palavras, Bolsonaro, que diz não entender nada de economia, foi um asno seguir
cegamente seu ministro Paulo Guedes.
Sentindo-se
traído pelo seu “Posto Ipiranga”, Bolsonaro agora pressiona por resultados e
Guedes pode espanar porque não tem como resolver a desgraça na economia no
âmbito do neoliberalismo.
Em tempo: o
Brasil é um dos únicos países do mundo a dar abrigo ao projeto neoliberal, que
já foi enxovalhado da Argentina, do Chile, do Equador e aumenta a resistência
na Colômbia.
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor