O país de Donald Trump ultrapassou 14 mil casos de coronavírus,
com mais de 5 mil novos casos registrados apenas nesta quinta
20 de março de
2020
BRASÍLIA
(Reuters) - O governo brasileiro editou uma portaria na noite de quinta-feira
proibindo a entrada no país por via aérea de estrangeiros vindos de 12 blocos e
países, incluindo toda a União Europeia, a China e o Japão, mas deixou de fora
os Estados Unidos, que têm hoje o sexto maior número de casos de coronavírus
registrados no mundo e a segunda maior velocidade de crescimento da epidemia.
A portaria,
publicada em Edição Extra do Diário Oficial, restringe por 30 dias a entrada de
estrangeiros vindos da China, de todos os países que compõe a União Européia,
Islândia, Noruega, Suíça, Reino Unido, Irlanda do Norte, Austrália, Japão,
Malásia e Coreia do Sul.
Questionado
sobre as razões da escolha desses países, o Ministério da Justiça alegou maior
risco de contágio, mas não soube explicar porque os Estados Unidos não estariam
então entre os países com restrição de entrada.
De acordo com
o site worldometers.com, que faz acompanhamento em tempo real dos novos caos no
mundo, o país ultrapassou 14 mil casos de coronavírus, com mais de 5 mil novos
casos registrados apenas nesta quinta, perdendo apenas para a Itália em número
de novas infecções.
Ao mesmo
tempo, o Japão tem apenas 943 casos e a Austrália, 756. A China, onde a
epidemia começou e o número de infectados passa de 80 mil, teve apenas 39 novos
doentes nesta quinta, e a Coreia do Sul, considerado um caso de sucesso no
controle da epidemia, tem hoje 8,6 mil doentes, mas registrou apenas 239 novos.
Foi nos
Estados Unidos que boa parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro foi
infectada pelo coronavírus, depois da viagem presidencial a Miami, há 10 dias.
Hoje, 15 membros da comitiva já registraram a infecção, entre eles o ministro
de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o chefe da Secretaria de
Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten- primeiro a mostrar sintomas e ter
o vírus detectado.
A portaria não
restringe a entrada de brasileiros que estejam nesses países, ou estrangeiros
com residência fixa no Brasil. Também será autorizada a entrada de pessoas em
missão de organismos internacionais e diplomatas acreditados no Brasil,
estrangeiro que esteja vindo ao país para se reunir com sua família e pessoas
cuja entrada seja do interesse do governo brasileiro.
O transporte
de cargas também continua liberado.
Mais cedo, o
governo já havia editado portaria fechando as fronteiras terrestres do país com
o restante da América do Sul, com exceção do Uruguai, com quem há uma
negociação em separado.
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