
(Foto:
Reuters | 247 | ABr)
"Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões
urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda
das famílias, o emprego e as empresas", diz o manifesto assinado pelos
ex-presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos
(PSOL), além do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e outras
lideranças
30 de março de 2020
Os ex-presidenciáveis Ciro
Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Guilherme Boulos (PSOL), além do governador
do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pedem em manifesto a renúncia de Jair
Bolsonaro por ser ser "um presidente da República irresponsável", que
agrava a crise do coronavírus pois "comete crimes, frauda informações,
mente e incentiva o caos".
"Jair Bolsonaro é o maior
obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio,
salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas. Atenta
contra a saúde pública, desconsiderando determinações técnicas e as
experiências de outros países", diz o texto.
"Bolsonaro não tem
condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que
compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e
incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável.
Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um
presidente que contraria as autoridades de Saúde Pública e submete a vida de
todos aos seus interesses políticos autoritários", continua.
Leia a íntegra:
O BRASIL NÃO PODE SER DESTRUÍDO
POR BOLSONARO
O Brasil e o mundo enfrentam
uma emergência sem precedentes na história moderna, a pandemia do coronavírus,
de gravíssimas consequências para a vida humana, a saúde pública e a atividade
econômica. Em nosso país a emergência é agravada por um presidente da República
irresponsável. Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes
para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das
famílias, o emprego e as empresas. Atenta contra a saúde pública,
desconsiderando determinações técnicas e as experiências de outros países.
Antes mesmo da chegada do vírus, os serviços públicos e a economia brasileira
já estavam dramaticamente debilitados pela agenda neoliberal que vem sendo
imposta ao país. Neste momento é preciso mobilizar, sem limites, todos os
recursos públicos necessários para salvar vidas.
Bolsonaro não tem condições de
seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e
a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos,
aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável. Precisamos de união
e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as
autoridades de Saúde Pública e submete a vida de todos aos seus interesses
políticos autoritários. Basta! Bolsonaro é mais que um problema político,
tornou-se um problema de saúde pública. Falta a Bolsonaro grandeza. Deveria
renunciar, que seria o gesto menos custoso para permitir uma saída democrática
ao país. Ele precisa ser urgentemente contido e responder pelos crimes que está
cometendo contra nosso povo.
Ao mesmo tempo, ao contrário de
seu governo - que anuncia medidas tardias e erráticas - temos compromisso com o
Brasil. Por isso chamamos a unidade das forças políticas populares e
democráticas em torno de um Plano de Emergência Nacional para implantar as
seguintes ações:
-Manter e qualificar as medidas
de redução do contato social enquanto forem necessárias, de acordo com
critérios científicos;
-Criação de leitos de UTI
provisórios e importação massiva de testes e equipamentos de proteção para
profissionais e para a população;
-Implementação urgente da Renda
Básica permanente para desempregados e trabalhadores informais, de acordo com o
PL aprovado pela Câmara dos Deputados, e com olhar especial aos povos
indígenas, quilombolas e aos sem-teto, que estão em maior vulnerabilidade;
-Suspensão da cobrança das
tarifas de serviços básicos para os mais pobres enquanto dure a crise,
-Proibição de demissões, com
auxílio do Estado no pagamento do salário aos setores mais afetados e socorro
em forma de financiamento subsidiado, aos médios, pequenos e micro empresários;
-Regulamentação imediata de
tributos sobre grandes fortunas, lucros e dividendos; empréstimo compulsório a
ser pago pelos bancos privados e utilização do Tesouro Nacional para arcar com
os gastos de saúde e seguro social, além da previsão de revisão seletiva e
criteriosa das renunciais fiscais, quando a economia for normalizada.
Frente a um governo que aposta
irresponsavelmente no caos social, econômico e político, é obrigação do
Congresso Nacional legislar na emergência, para proteger o povo e o país da
pandemia. É dever de governadores e prefeitos zelarem pela saúde pública,
atuando de forma coordenada, como muitos têm feito de forma louvável. É também
obrigação do Ministério Público e do Judiciário deter prontamente as iniciativas
criminosas de um Executivo que transgride as garantias constitucionais à vida
humana. É dever de todos atuar com responsabilidade e patriotismo.
ASSINAM (por ordem alfabética):
Carlos Siqueira, presidente
nacional do PSB.
Carlos Lupi, presidente
nacional do PDT.
Ciro Gomes, ex-candidato a
Presidência pelo PDT.
Edmilson Costa, presidente
nacional do PCB.
Fernando Haddad, ex-candidato à
Presidência pelo PT.
Flavio Dino, governador do
estado do Maranhão.
Guilherme Boulos, ex-candidato
a Presidência pelo PSOL.
Gleisi Hoffmann, presidenta
nacional do PT.
Juliano Medeiros, presidente
nacional do PSOL.
Luciana Santos, presidenta
nacional do PC do B.
Manuela D'Avila, ex-candidata a
Vice-presidência (PC do B).
Roberto Requião, ex-governador
do Paraná.
Sonia Guajajara, ex-candidata à
Vide-presidência (PSOL)
Tarso Genro, ex-governador do
Rio Grande do Sul
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