(Foto: FCO FONTENELE/O POVO)
Segundo o órgão, Sabino utilizou-se de motins das tropas
militares estaduais, liderando, em regime de coautoria, na condição
jurídico-militar de "cabeça", a situação criminosa de Revolta
Por: FILIPE
PEREIRA | 11/03/2020
O Ministério
Público do Estado do Ceará (MPCE) denunciou nesta quarta-feira, 11, o ex-deputado
Cabo Sabino, por crimes durante a paralisação de motins de policiais militares
no Ceará que teve fim no dia 1º de março, após 13 dias. Segundo o documento, o
ex-parlamentar utilizou-se de motins das tropas militares estaduais, liderando,
em regime de coautoria, na condição jurídico-militar de “cabeça”, a situação
criminosa de Revolta.
Segundo o MP,
Sabino já anunciava há meses um "cenário de ilegalidades", devido a
participação em reuniões para deliberar sobre eventual paralisação das
atividades de segurança pública, caso os valores remuneratório não lhes
“agradassem”. Segundo o documento, percebeu-se o teor "instigador' e
"conclamador" do denunciado, o qual estimulou seus seguidores das
redes sociais a iniciarem o movimento grevista.
A denuncia também
afirma que "o militar denunciado de há muito já anunciava ser este o seu
intento". O texto faz menção aos conteúdos publicados no Facebook durante
antes e durante a paralisação. "Assim, valendo-se dos meios de
comunicação, notadamente a rede social “Facebook”, publicou vídeo o qual
intitulou ser um “papo honesto”.
O MP também
denunciou o ex-deputado por pagar em dinheiro mulheres que teriam integrado os
motins ilegais realizados por policias militares no estado. Em vídeo que passou
a circular no dia 20 de fevereiro, Sabino apareceu cercado por um grupo de
mulheres que esperavam ele pegar uma quantia de dinheiro dentro de seu carro e
distribuir para as presentes. O episódio aconteceu na calçada da Assembleia
Legislativa do Ceará (ALCE).
"O MP
também Ante o evidente fracasso da manifestação matutina, percebe-se que o
denunciado CABO SABINO ajuntando-se com outra “cabeça” da revolta, NINA
CARVALHO, sendo esta liderança da Associação das Esposas dos Militares do
Ceará, e de lá indo ambos com o plano de manobrar a massa de mulheres que se
intitulavam “esposas de militares” e dirigiram-se para o aquartelamento do 18º
BPM"
Sabino teve
mandado de prisão revogado pelo juiz Roberto Soares Bulcão Coutinho. O
magistrado apontou que Sabino não oferecia risco à ordem pública, mas
determinou que ele fique seis meses distante de quartéis. O governador Camilo
Santana (PT) afirmou indignação com a revogação e criticou nas redes sociais
decisão judicial.
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