(Foto: Reprodução/Twitter)
Em artigo no New York Times desta quarta-feira (25), o diretor
da Sciences Po, de Paris, Gaspard Estrada, diz que Jair Bolsonaro poderá
aproveitar a crise gerada pela pandemia de coronavírus para implementar uma
agenda autoritária
25 de março de
2020
O jornal The
New York Times publicou nesta quarta-feira, 25, artigo com duras críticas à
posição de Jair Bolsonaro perante a pandemia do novo coronavírus.
No texto, o
diretor executivo do Observatório Político para a América Latina e o Caribe
(OPALC) da Sciences Po, em Paris, Gaspard Estrada, avalia que Bolsonaro não
assumiu o papel de chefe de Estado em uma emergência e, em vez de dialogar com
a oposição para enfrentar a crise da saúde juntos, ele continua a atacar
instituições democráticas brasileiras.
"O fator
preocupante é que, se ele perder o apoio da maioria dos brasileiros e dos
setores que o apoiam, Bolsonaro poderá ficar tentado a aproveitar essa crise
para implementar uma agenda autoritária que rodeia a democracia brasileira. E
isso parece que já começou: 23 de março de Bolsonaro anulou a lei de acesso à
informação pública por decreto", escreve Estrada.
"Se ele
quisesse garantir seu respeito pelas instituições democráticas, Jair deveria
romper com Bolsonaro. Em vez de ouvir o clã da família e o chamado 'gabinete do
ódio', que fizeram do Twitter a principal ferramenta de direção do governo, o
presidente brasileiro deveria dar seu total apoio aos cientistas para enfrentar
o COVID-19. Além disso, teria que deixar de lado a política que favorece a
economia sobre a saúde a todo custo e financiar programas sociais de longo
alcance para ajudar os milhões de trabalhadores formais e informais que serão afetados
pela pandemia", avalia o cientista político.
Leia o artigo
na íntegra no New York Times
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