POR FERNANDO
BRITO · 25/03/2020
O sr. Sergio
Moro agigantou sua pequenez nestes dias de combate ao coronavírus.
E havia muito
o que fazer.
Poderia ter
ajudado a resolver o problema dos caminhoneiros que seguem circulando, com a
Polícia Rodoviária controlando a abertura de postos de combustíveis que servem
refeições exclusivamente para eles com a instalação de tendas e mesas, com
distanciamento adequado, para que possam se alimentar. Bastaria um telefonema
para autoridades estaduais e é certo que abririam exceção nestes locais, sob
supervisão da PRF e, mesmo, das polícias rodoviária estaduais.
Poderia estar
com a Polícia Federal investindo sobe os que estocam, criminosamente, produtos
desinfetantes, máscaras cirúrgicas, vestimentas anticontaminação e, pior,
aparelhos para intubação aérea de pacientes severos.
A mesma PF
deveria estar agindo nos aeroportos, onde são inúmeros os relatos de que não há
controle sanitário algum sobre os que desembarcam e voos internacionais.
Poderia propor
legislação para liberar, provisoriamente, presos de baixa periculosidade e
idade na faixa de risco, aliviando a superlotação dos presídios e não ficar
argumentando que isso iria colocar criminosos na rua, o que já não falta.
Poderia estar
dando correta orientação jurídica – se disso fosse capaz – para que o
Ministério da Economia não baixasse atos inconstitucionais.
Poderia, mas
não está.
Apareceu de
máscara naquela pantomima da “entrevista coletiva” mas, de resto, tem procurado
sumir, escafeder-se, omitir-se numa questão que é de segurança pública, porque
se trata de usar civilizadamente as forças policiais para apoiar e organizar o
fluxo indispensável de pessoas e de produtos pelo país.
No mais, está
desaparecido, comemorando apreensão de maconha no Twitter e, ao contrário do
chefe, mandando as pessoas ficarem em casa, para não entrar no braseiro da
impopularidade que Bolsonaro entrou.
Ainda assim,
está chamuscado.
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