
POR FERNANDO
BRITO · 09/04/2020
Aconteceu o
impensável, mas não o imprevisível.
Jair Bolsonaro
apareceu em rede nacional de televisão “prescrevendo” o remédio milagroso
contra o coronavírus, aquele que o mundo inteiro não se atreveu a suar.
É o presidente
quem medica, não os cientistas e os médicos.
Danem-se os
protocolos científicos, os estudos científicos, os ensaios clínicos.
Se o
governante do país prescreve e o ministro da Saúde se cala, dizendo que “é o
Conselho Federal de Medicina quem decide”, sem ter coragem nem meios para
decidir, porque um médico de trinta e poucos anos vai decidir?
Tem uma
recomendação oficial, nem mesmo contestada, porque não haveria de dar
hidroxicloroquina ao paciente que, desesperado, pede algo que possa lhe aliviar
a angústia respiratória?
Pode um passe
de umbanda? Pode! Pode uma vela e um copo d’água? Pode! Pode uma oração? Pode!
Tudo isso
pode, mas não é medicina.
O Sistema
Único de Saúde, a partir de hoje, tende a tornar seus pacientes cobaias de um
grande ensaio clínico de medicamentos que envolvem milhões de dólares e
centenas de milhares de vidas.
Seremos uma
vasta fauna à disposição de um experimento mortal, conduzido pelo Presidente da
República.
Teremos sorte
se o cenário à frente for o da Itália, com comboios de caminhões militares a
carregarem corpos, como vimos na Itália.
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