
(Foto: Marcos Correa - PR)
Na eleição de 2018, o jornal da família Mesquita afirmou que
seria uma "escolha muito difícil" optar entre o professor Fernando
Haddad e o golpista Jair Bolsonaro
21 de abril de
2020
O jornal Estado de S. Paulo, que em 2018, às
vésperas do segundo turno, disse ser muito difícil escolher entre o professor
universitário Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, hoje reconhece, em editorial,
que Bolsonaro é e sempre foi golpista.
"O presidente
Jair Bolsonaro assumiu de vez que é candidato a caudilho", aponta o texto.
"Não é possível dizer que Bolsonaro desta vez passou dos limites, pois, a
rigor, ele já os havia ultrapassado quando, ainda militar, se insubordinou ou
então, quando deputado, violentou o decoro parlamentar seguidas vezes. No
primeiro caso, recebeu uma punição branda; no segundo, nem isso. Ou seja, a
pusilanimidade das instituições ao lidar com Bolsonaro deu-lhe a segurança de
que, para ele, não há limites, salvo os ditados por seu projeto autoritário de
poder", revela o texto.
"É
reconfortante, no entanto, observar que, desta vez, integrantes de todas as
instituições da República se manifestaram com firmeza contra mais essa afronta
de Bolsonaro e de seus seguidores à democracia", prossegue o
editorialista, indicando que o jornal não abraçará o impeachment. "Mas a
guerra de Bolsonaro, já está claro, é contra as instituições da República e
contra a maioria absoluta dos brasileiros, afrontados por um presidente que só
se importa com o poder. Quem estiver na trincheira com Bolsonaro, seja no
governo, seja em movimentos golpistas, vai se desmoralizar junto com ele."
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