
(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
"Bolsonaro e Guedes inventam dificuldades de toda sorte,
mentem e tergiversam para não depositar imediatamente um dinheiro que, apesar
de insuficiente para qualquer família viver com dignidade, pode representar a
diferença entre viver ou morrer", afirma o colunista Jeferson Miola
2 de abril de
2020
Integrante do Instituto de Debates, Estudos e
Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum
Social Mundial
X-X-X
Guedes e
Bolsonaro retardam o quanto podem o pagamento da renda mínima de R$ 600 [que
pode chegar a R$ 1.200] aprovada pelo Congresso em 30 de março.
O procedimento
operacional para implementar a renda mínima é simplíssimo. Os beneficiários que
se enquadram na Lei se inscrevem [ou já estão inscritos] no Cadastro Único para
programas sociais do governo federal.
O dinheiro,
então, é depositado em contas específicas na CEF ou Banco do Brasil. Trata-se,
como se vê, de transferência eletrônica automática de recurso que sai da conta
do governo e entra diretamente na conta de cada beneficiário do Cadastro Único.
Isso é
executado eletronicamente, em segundos, via sistema bancário. É simples e
direto assim.
Bolsonaro e
Guedes, contudo, inventam dificuldades de toda sorte, mentem e tergiversam para
não depositar imediatamente um dinheiro que, apesar de insuficiente para
qualquer família viver com dignidade, pode representar a diferença entre viver
ou morrer.
Suspeita-se
que Guedes e Bolsonaro agem com tamanha crueldade para chantagearem o Congresso
a aprovar uma Emenda Constitucional que autoriza o Banco Central a proteger não
os pobres e o povo trabalhador, mas os bancos privados, os banqueiros
sanguessugas e o sistema financeiro vampiresco.
O ministro do
TCU Bruno Dantas disse que o pretexto do governo para atrasar o pagamento do
benefício emergencial a pessoas necessitadas já aprovado pelo Congresso, “não é
simples omissão. É ação. E grave”.
Em tempos de
funcionamento normal das instituições, Bolsonaro e Guedes seriam denunciados e
processados no Congresso por iniciativa do próprio TCU. Em 2015, cabe lembrar,
sem nenhum fundamento legal este Tribunal produziu a peça burlesca das
“pedaladas fiscais” para o impeachment fraudulento da presidente Dilma.
Agora, diante
de crime – e inclusive crime com dolo – como reconhece o ministro Bruno, que
diz que “não é simples omissão. É ação. E grave”, o TCU tem obrigação de
denunciar Bolsonaro e Guedes.
Guedes e
Bolsonaro não se comovem se o atraso de mais uma semana no pagamento de R$ 600
a pessoas que necessitam desse valor para sobreviver causa sofrimento humano
desnecessário e mortes evitáveis de milhões de brasileiros.
Afinal, são
dois genocidas. Eles serão diretamente responsabilizados pelos saques
legítimos, furtos famélicos e caos social que poderá tomar conta do país.
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