
10/04/2020
A médica Lúcia
de Fátima Dantas de Abrantes, de 65 anos de idade, morreu vítima de
coronavírus.
Ela estava
internada em uma UTI de Iguatu, no Ceará.
Um bebê de
três meses de idade, que sofria de problemas renais, já havia falecido na
cidade no dia 3, também contaminado pelo vírus.
Iguatu, de 100
mil habitantes, fica 370 quilômetros ao sul de Fortaleza.
O Ceará é o
terceiro estado brasileiro em número de casos, depois de São Paulo e Rio de
Janeiro.
A médica era
irmã do superintendente de Trânsito de Sousa, na Paraíba, José Allan Dantas de
Abrantes, e de um conhecido advogado de João Pessoa, Johnson Gonçalves de
Abrantes.
Johnson chegou
a publicar um pedido de orações pela irmã nas redes sociais.
Sexta-feira da
Paixão. Que as nossas dores sejam minoradas aos pés da Cruz, a quem ofereceu
sua vida em prol da humanidade – JESUS de NAZARÉ.
Nossas orações
neste dias são redobras – e peço a todos que nos ajudem neste momento de
aflição e profunda apreensão.
Nossa irmã
Dra. Lúcia Dantas Abrantes, médica que reside e trabalha na cidade de Iguatu,
no Ceará, foi acometida com o vírus Covid/19.
Está internada
na UTI do Hospital de Iguatu, entubada e em estado que inspira cuidados.
Que DEUS, na
sua Santíssima Misericórdia, lhe conceda uma luz para que ela possa encontrar o
“ final do túnel” com a salvação que que somente a ciência médica e a graça
celestial têm poderes para tanto.
Horas depois,
no entanto, ele próprio deu a notícia, também pelas redes sociais:
Neste exato
momento em que a humanidade relembra a morte de JESUS, eu como filho de DEUS
perdi uma irmã.
Hoje, às 11:00
horas, ela foi chamada para o Reino Celestial. Lúcia de Fátima Dantas de
Abrantes, 65 anos, médica, faleceu na cidade de Iguatu, no Ceará, onde residia
e trabalhava como médica especialista em saúde pública.
Não tenho
palavras para se manifestar em mais uma provação que se abate sobre minha
família.
A ciência
médica ainda não descobriu um remédio capaz de amenizar a dor e a saudade de
quem se despede de um Ente Querido.
Em 16 de
março, a médica havia reproduzido no Facebook um meme duvidando da letalidade
do coronavírus.
“Existem vírus
muito mais potente e que matam muito mais (h1n1 por exemplo) e ninguém está nem
aí para eles. Porque será??????”, ela escreveu.
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Lúcia também postou mensagens de apoio a profissionais de saúde e ao SUS e um vídeo do ex-presidente Lula dizendo que cabe aos governantes cuidar dos mais pobres durante a pandemia.
Porém, no dia 27 de março, ela havia reproduzido convocação para uma carreata organizada por empresários em Recife, pela reabertura do comércio em plena pandemia.

A carreata não aconteceu e atraiu apenas três manifestantes, um deles enrolado numa bandeira do Brasil.
As comparações entre o H1N1 e o coronavírus tem sido utilizadas por partidários de Donald Trump nos Estados Unidos e Jair Bolsonaro no Brasil.
Os partidários de Trump e Bolsonaro dizem que a imprensa não deu destaque ao H1N1 quando os governantes eram Barack Obama e Lula, mas agora faz escândalo com o coronavírus para prejudicar os líderes de direita.
As comparações induzem ao erro porque juntam números de toda uma temporada do H1N1 com as de algumas semanas do coronavírus.
No Brasil, a comparação chegou a ser feita pelo pastor Silas Malafaia em suas redes sociais e foi desmentida pelo serviço de checagem Aos Fatos.
O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, disse em entrevista à Record TV que o H1N1 matou cerca de 800 pessoas no Brasil em 2019 e duvidou que o coronavírus chegaria a este número.
Porém, o coronavírus já matou 1.056 pessoas no Brasil desde 25 de fevereiro — centenas de casos ainda aguardam resultados de exames para confirmação.
Agora, a doutora Lucia lamentavelmente se juntou à estatística. Nossos pêsames a amigos e familiares.
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