
(Foto: PR | Reprodução)
"Bolsonaro tem sido um fator de desestabilização", diz
editorial do jornal da família Marinho. "Em suas idas e vindas, presidente
ataca as instituições e recua, mas com isso aumenta as tensões no país"
21 de abril de
2020
O jornal O Globo, que também apoiou o golpe de
2016, reconhece que Jair Bolsonaro tem cometido crimes, mas se nega a abraçar o
processo de impeachment. "Pode ser conveniente ao político Jair Bolsonaro
avançar e recuar no seu radicalismo, mas não atende às exigências do cargo de
presidente da República. A fórmula do ex-capitão de aumentar a carga ideológica
do seu discurso de extrema direita para conclamar as claques que o apoiam
quando se sente fragilizado, para depois voltar atrás, aumenta tensões já
criadas pela maior crise da história ainda em sua fase inicial, também degrada
a atmosfera política e atrapalha o próprio governo em ações para reduzir o
número de mortes na epidemia da Covid-19 e conter ao máximo os estragos que a
recessão já provoca no emprego e na área social. Bolsonaro presta um desserviço
à nação e a ele", aponta o editorial desta terça-feira.
"Em nota
divulgada ontem no final da tarde, o ministro da Defesa, general Fernando
Azevedo e Silva, registrou que as Forças Armadas são 'sempre obedientes à
Constituição', e que elas se encontram em adaptação para combater o inimigo
comum a todos, 'o coronavírus e suas consequências sociais'. Precisa ser
interpretada corretamente por bolsonaristas", finaliza o editorial dos
Marinho, reforçando a aposta de que as "instituições" controlarão o
projeto de ditador.
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