
POR FERNANDO
BRITO · 22/05/2020
Nos últimos
sete dias, a média de mortes foi de 816 a cada 24 horas.
Neste ritmo –
e não há o que faça esperar uma mudança para melhor, pela queda do isolamento –
teremos, ao final do mês, 30 mil mortes.
Com as
infecções no ritmo de ontem, o número de casos estará em -atentem – meio milhão
de pessoas.
A providência
tomada pelo Governo Federal, além do protocolo charlatão e apócrifo da
cloroquina, tomou a importante medida de modificar o site do Ministério da
Saúde para destacar, em lugar das vítimas, os “recuperados”, obviamente muito
mais numerosos em uma doença que tem, aqui, uma taxa de mortalidade de perto de
7%.
Na economia, o
desastre não é menor.
Os dados do
desemprego, hoje, nos EUA, somaram quase 39 milhões de demissões em nova
semanas.
Os daqui,
represados por pesquisas que não medem nada nas circunstâncias desta crise,
alguém duvida que desapareçam 15 ou 20 milhões de postos de trabalho?
Mas também
temos no centro das preocupações econômicas o veto ao reajuste dos servidores
públicos, embora com a “malandragem” de realizar antes disso o reajuste dos
vencimentos das chefias da Polícia Federal.
É óbvio que
nenhum governo estadual, tão ou mais quebrados que o Federal, vai abrir as
burras para servidores, mas a questão serviu como pretexto para dilatar – e
mais ainda se dilatará – o prazo para o socorro financeiro necessário e deixar
todos eles dóceis e submissos.
A tudo isso,
soma-se o fato que se tem um governo em estado de dissolução moral, acossado
por denúncias e testemunhos do “abafa” montado em torno do caso Queiroz que
surge na esteira das acusações de Moro, o que deixa a gente a pensar que houve
“mão amiga” para ressuscitar os sentimentos de honra e de dignidade, mais de
ano e meio depois, do empresário Paulo Marinho.
Não tenha a
menor dúvida, leitor e leitora aflita para que o nosso país saia deste inferno,
não “atingimos o pico” da desgraceira.
Nosso país não
sairá dela sem uma ruptura.
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