
(Foto: Reprodução | PR)
"Que os senhores generais percebam, antes tarde do que
nunca, que não se espera deles que sejam babás. Mas que honrem as medalhas que
ostentam no peito", escreve a jornalista Vera Magalhães
11 de maio de
2020
Em sua coluna
publicada no jornal o Estado de S.Paulo, a jornalista Vera Magalhães afirma
que, "na atual conjuntura, em que o presidente afronta o bom senso, as
regras sanitárias, as decisões judiciais, os Poderes e a própria Constituição
dia sim, outro também, sem descansar nem nos fins de semana, a presença dos
generais em postos de comando apequena o papel que as Forças Armadas,
disciplinadamente, vinham cumprindo desde a redemocratização: o de zelar pela
ordem constitucional".
De acordo a
análise da colunista, "esses generais se sentiram afrontados por terem
sido arrolados como testemunhas num inquérito que investiga se Bolsonaro
cometeu graves violações a essa mesma Constituição ao exigir de Sérgio Moro
controle da Polícia Federal com fins inconfessáveis".
"Mas não
demonstraram a mesma indignação com esses e outros atos do presidente que, se
esperava, iriam aconselhar e guiar, mas que, hoje se vê, apenas adulam, como
avôs amorosos que agem com condescendência diante das diabruras de netos
levados", afirma. "Que os senhores generais percebam, antes tarde do
que nunca, que não se espera deles que sejam babás. Mas que honrem as medalhas
que ostentam no peito".
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