
Por: Joaquim
de Carvalho - 19 de Maio de 2020
Janaína
Paschoal ganhou notoriedade, em 2015, como autora do pedido de impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff e quase foi candidata a vice na chapa de
Bolsonaro. Foto: Agência Brasil
Janaína
Paschoal é o retrato da decadência de uma parcela do Brasil. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ela
admitiu que o país vai mal, que Jair Bolsonaro comete muita “burriche”, chama
seu governo de “algo grotesco”, mas, ainda assim, prefere Bolsonaro ao PT.
“Tudo que eu
não quero na vida é o PT no governo”, afirmou.
Quando o PT
estava no governo, o Brasil se aproximava de se tornar a 5a economia do mundo,
tinha praticamente uma situação de pleno emprego e era respeitado no exterior,
e respeitava as instituições, como Polícia Federal, Procuradoria da República e
o o Judiciário como um todo.
Depois, com a
farsa da Lava Jato e o movimento político golpista do qual ela participou
ativamente, com a transformação das “pedaladas fiscais” em “crime de
responsabilidade”, o Brasil entrou em dificuldade. Severas dificuldades.
Ainda assim,
apesar dos 12 anos do que pode ser considerado o melhor ciclo de governo em
décadas, Janaína continua com seu antipetismo latente. A burrice não é
exclusividade de Bolsonaro.
É também de
seus representados, como Janaína Paschoal. Ela tem escolaridade alta e títulos
acadêmicos que poucos no Brasil possuem. Ainda assim, demonstra uma burrice de
doer.
Isso explica
por que tem dificuldade de uma análise política consistente.
“Ele podia
renunciar, né? Ele insiste nos erros”, disse. “Eu sinto o presidente como uma
pessoa muito recalcada. Eu acho que ele apanhou muito na vida. […] E aí ele
venceu. Parece que ele está sempre querendo mostrar para todo mundo que ele
chegou lá, que ele não deve satisfações”.
Apanhou?
Bolsonaro sempre esteve ao lado dos mais fortes, como os torturadores e
homicidas que agiram em nome do Estado, ainda que ele tenha sido dissidente em
vários momentos.
Janaína viu
numa manobra contábil do governo crime de responsabilidade, apesar da “pedalada
fiscal” ter sido um recurso rotineiro de governantes — antes e depois do
impeachment —, mas não enxerga na tentativa de transformar a Polícia Federal
numa extensão das milícias do Rio de Janeiro um delito punível com a perda de
mandato.
“Não consigo
ver, sob o ponto de vista do direito eleitoral, uma relação de causa e efeito
[entre a entrevista do empresário Paulo Marinho
e a anulação da eleição]. […] Depois de todo o meu trabalho? Vão criar
um caminho forçado para entregar a Presidência da República para o PT? Tudo que
eu não quero na vida é o PT no governo”, disse.
O Brasil está
sob ataque desde 2014, com a perda de riqueza e do desarranjo institucional sem
precedente na história, e Janaína continua agarrada a seu antipetismo
irracional. Se o fruto dessa visão e ação política equivocada fosse
exclusivamente dela, teríamos apenas que lamentar.
Mas não.
Sua atuação
prejudica a todos. Por isso, assim como Bolsonaro, Janaína é uma adversária do
Brasil que precisa ser combatida. A parte já civilizada do país precisa se unir
e vencer o conjunto dos bolsonaristas, que inclui Janaína.
Ainda que ela
tenha vergonha do rebento imundo que colocou no Palácio do Planalto e tente se
apresentar como algo diferente. Não é.
0 comentários:
[ Deixe-nos seu Comentário ]
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor