
(Foto: Marcos Corrêa - PR)
Com popularidade em queda, batendo recordes de rejeição, Jair
Bolsonaro afirmou que não pretende "apoiar prefeito em lugar nenhum"
2 de junho de
2020
Jair Bolsonaro
afirmou nesta terça-feira (2) que não pretende apoiar candidato algum nas
eleições municipais marcadas para ocorrer neste ano. Com popularidade em queda,
ele afirmou que tem "muito trabalho" em Brasília e não quer se
"meter" em política.
"Não
pretendo apoiar prefeito em lugar nenhum. Não pretendo, deixar bem claro",
disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, a um homem que pediu apoio na
disputa. "Tenho muito trabalho aqui em Brasília para estar entrando em
eleições municipais", afirmou.
Sem partido
desde o ano passado, quando deixou o PSL, Bolsonaro tenta criar uma nova
legenda, chamada Aliança pelo Brasil, que ainda está na fase de coleta de
assinaturas.
O prefeito do
Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), é um dos candidatos que tenta
contar com o apoio de Bolsonaro. Dois dos filhos de Bolsonaro — o senador
Flávio e o vereador Carlos — filiaram-se ao partido de Crivella.
De acordo com
pesquisa Datafolha, divulgada na última quinta-feira (28), 43% dos brasileiros
consideram o governo ruim ou péssimo, um recorde negativo da sua gestão.
Outra pesquisa,
do Atlas Político, divulgada na quarta-feira (27), apontou que 58,1% dos
eleitores avaliam o governo ruim ou péssimo.
As quedas na
popularidade são reflexo da estagnação econômica (PIB cresceu apenas 1% em
2019, de acordo com dados oficiais). Bolsonaro também está sendo investigado
por tentativa de interferência na Polícia Federal, conforme denunciou o
ex-ministro Sérgio Moro.
Outro fator que
pesa sobre a rejeição de Bolsonaro são os crimes contra a saúde pública, ao
violar recomendações de autoridades de saúde na pandemia do coronavírus.
Enquanto a
Organização Mundial da Saúde (OMS) pede que as pessoas evitem aglomerações para
diminuir a propagação da Covid-19, ele já estimulou apoiadores a irem para atos
de rua, compareceu a algumas manifestações e classificou como uma
"gripezinha". Também perguntou "e daí?" quando o Brasil
atingiu a marca dos 5 mil mortos pela doença, em abril.
Atualmente, o
País é o quarto no ranking global de óbitos provocados pelo coronavírus (30
mil) e o segundo em número de confirmações (530 mil), atrás apenas dos Estados
Unidos (1,8 milhão), apontaram estatísticas oficiais.
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