
POR FERNANDO
BRITO · 26/06/2020
Três fantasmas
e um presidente: Flávio, Fabrício e Frederick Wassef assombram dias e noites de
Jair Bolsonaro, agora um acabrunhado ex-valentão, e nada fará isso parar.
Suas únicas
armas, agora, são o silêncio e a protelação.
O primeiro, a
toda hora, é quebrado pelos fatos e pela necessidade que todos apresentem
versões do fatos, o que leva a afirmações absurdas e inverossímeis, como as de
Wassef, que estreitam a margem dos outros dois de, na expressão do próprio
Flávio, contarem “histórias plausíveis”.
O advogado do
Filho 01 e do próprio presidente poderia ter escondido, durante um ano e meio e
falando em complôs para assassinato de Queiroz, poderia ter escondido de ambos
que estava homiziando o ex-PM. Não teria, obviamente, de comunicar as ameaças e
pedir que os Bolsonaro providenciassem segurança para ele?
O advogado
“guardou” Queiroz por um ano e meio e nunca conversou com ele? Não sabia de
onde vinham os recursos em dinheiro para pagar despesas hospitalares e a vida
folgada do ex-PM, além de sua família?
Wassef é um
exibicionista desclassificado e é impossível negar sua proximidade, muito além
da de um advogado, com Jair Bolsonaro, que o recebia, seguidamente, nos finais
de semana do Palácio da Alvorada.
A detenção da
mulher de Queiroz é outra ponta que está para ser puxada, até porque se tornou,
para qualquer protetor que tenha assumido a tarefa de escondê-la.
Também a
protelação das investigações, embora lhes faça respirar por dias é,
evidentemente, algo que não vai se sustentar e basta que se questione nos
tribunais superiores a decisão esdrúxula de retirar o processo da 1ª instância.
A atitude
desleal, de quem procura se defender não no mérito, mas a golpes de esperteza e
chicanas jurídicas, enquanto vão se acumulando as evidência de que se está
diante de um esquema mafioso, em tudo semelhante às milícias que “controlam
território”.
Só que
território está se tornado restrito e o que sobra a Bolsonaro é o canto do
ringue.
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