
Editorial do jornal O Estado de S.Paulo destaca que a
politização da pandemia por parte de Jair Bolsonaro e sua defesa pelo uso da
cloroquina no tratamento da Covid-19 resultou no “charlatanismo elevado à
categoria de política de Estado para a área da saúde"
28 de julho de
2020
O editorial do
jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (28) destaca que a politização da
pandemia por parte de Jair Bolsonaro, que inclui a defesa da cloroquina no
tratamento da Covid-19, apesar de sua eficácia não ter sido comprovada e dos
riscos que o medicamento oferece, resultou no “charlatanismo elevado à
categoria de política de Estado para a área da saúde”.
“Quando um
presidente da República – ouvido com atenção por toda a Nação pelo cargo que
ocupa – insiste em fazer propaganda a respeito dos supostos efeitos benéficos
da cloroquina contra a covid-19, mesmo depois que esse medicamento foi
considerado ineficaz por vários estudos, reina uma perigosa confusão”, ressalta
o editorial intitulado "O efeito do charlatanismo".
Para o jornal,
“esse é o resultado da politização da pandemia por parte de Bolsonaro.
Preocupado com os efeitos da crise sobre sua popularidade, o presidente
agarrou-se à cloroquina como panaceia – e passou a tratar os médicos e as
autoridades que questionaram a eficácia da droga como adversários
políticos".
“Como bem
lembrou a Associação Médica Brasileira em nota, os médicos são autônomos para
receitar medicamentos ainda que não haja comprovação de que funcionem no caso,
mas, graças ao presidente Bolsonaro, muitos estão sendo constrangidos a
fazê-lo, inclusive sob ameaça, no caso da cloroquina – mesmo ante o risco de
efeitos colaterais perigosos. Nada disso é ciência, muito menos o pleno
exercício da medicina; é, apenas, irresponsabilidade. A cloroquina, é bom que
se lembre, provoca efeitos secundários que podem levar à morte”, finaliza.
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