
(Foto: Reprodução | G.Dettmar/agência CNJ)
Os dois filhos de João Otávio de Noronha, presidente do STJ que
concedeu prisão domiciliar a Queiroz e sua esposa, atuam na mesma Corte que seu
pai. Ação não é ilegal, mas ministros relatam constrangimento e também
condenam, reservadamente, a vinculação pública que ele faz questão de reforçar
com seus filhos
16 de julho de
2020
Após a posse
de João Otávio de Noronha como presidente do STJ (Superior Tribunal de
Justiça), os dois filhos do ministro, Anna Carolina Noronha e Otávio Noronha,
que advogam na corte, intensificaram a atuação em processos criminais, aponta
reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
Não é ilícito
a atuação dos filhos de Noronha em causas que tramitam no mesmo tribunal — No
entanto, nos bastidores do STJ, a reportagem apurou que ministros relatam
constrangimento em decidir sobre ações em que figuram nomes dos filhos Noronha.
Eles também disseram que a situação criou um clima de insatisfação entre a
classe de advogados em Brasília.
O filhos de
Noronha atuavam, antes do ingresso do pai na Corte, advogam com temas ligados
às áreas civil e pública do direito e passaram a fazer a defesa penal de
pessoas investigadas em grandes operações da Polícia Federal e do Ministério
Público Federal, área mais lucrativa de atuação.
Segundo a
reportagem, ministros do STJ estranharam a mudança no perfil de atuação
dos filhos do presidente da Corte e
também condenam, reservadamente, a vinculação pública que ele faz questão de
reforçar com seus filhos.
Noronha
decidiu na última quinta-feira (9) mandar Fabrício Queiroz para a prisão
domiciliar. Ele estava preso desde 18 de junho e sua mulher, Márcia Aguiar,
está foragida desde então. A decisão foi duramente criticada pelo fato de
beneficiar diretamente o clã Bolsonaro.
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