
(Foto: Reprodução | Milton Michida/GOVSP)
A ação da Justiça e da Polícia Federal contra o esquema de José
Serra e sua filha levou ao bloqueio de R$ 40 milhões na Suíça. A revelação de
que o ex-governador de São Paulo recebeu propinas tão vultosas das empreiteiras
o transforma num dos políticos mais corruptos da história do País
3 de julho de
2020
Como parte da
ofensiva da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal contra o
esquema de José Serra e sua filha Verônica Serra, desfechada na manhã desta
sexta-feira (3), foram bloqueados R$ 40 milhões em uma conta na Suíça.
Estima-se que os desvios possam superar a casa da centena de milhões de
dólares. Com isso, José Serra pode passar à história como um dos políticos mais
corruptos do Brasil
O Ministério
Pùblico Federal afirma que Verônica, como operadora do esquema do pai,
realizou, ao lado de José Amaro Pinto Ramos, outro operador de Serra,
transferências para dissimular a origem dos valores. O esquema serrista manteve
o dinheiro em uma conta de offshore controlada por Verônica Serra, de maneira
oculta, até o final de 2014, quando foram transferidos para outra conta de
titularidade oculta, na Suíça, que agora foi bloqueada.
A operação desta
sexta só foi possível porque finalmente foi desbloqueado o envio dos extratos e
documentos bancários do esquema serrista da Suíça para o Brasil. Os advogados
de Serra e seus operadores conseguiam
impedir o envio por dois anos - leia aqui.
Segundo a
denúncia, nos anos de 2006 e 2007, Serra "valeu-se de seu cargo e de sua
influência política para receber, da Odebrecht, pagamentos indevidos em troca
de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul".
"Milhões
de reais foram pagos pela empreiteira por meio de uma sofisticada rede de
offshores no exterior, para que o real beneficiário dos valores não fosse
detectado pelos órgãos de controle."
De acordo com as
investigações, José Amaro Pinto Ramos e Verônica Serra constituíram empresas
no exterior, ocultando seus nomes, e por meio delas receberam os pagamentos que
a Odebrecht destinou ao então governador paulista. Serra governou o estado de
2007 a 2010.
"Neste
contexto, realizaram numerosas transferências para dissimular a origem dos
valores, e os mantiveram em uma conta de offshore controlada, de maneira
oculta, por Verônica Serra até o final de 2014, quando foram transferidos para
outra conta de titularidade oculta, na Suíça."
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