
(Foto: Divulgação)
O aprofundamento da crise econômica se reflete, entre outras
coisas, na dura realidade do desemprego, traduzindo-se em drama social para
milhões de brasileiros. A crise do mercado de trabalho se aprofunda. Pela
primeira vez, menos da metade (49,5%) da população em idade para trabalhar (14
anos ou mais) estava ocupada
1 de julho de
2020
Segundo
economistas, os sinais não são de melhora do emprego nos próximos meses. Mesmo
que a flexibilização do isolamento social permita uma retorno dos informais às
ruas, a expectativa é de mais dispensas nas empresas nos próximos meses.
Dados do IBGE
mostram que a população ocupada - empregados, empregadores, conta própria,
servidores - era de 85,9 milhões no trimestre até maio, queda de 8,3% frente
aos três meses anteriores e menos da metade do total da população em idade de
trabalhar. Houve uma perda de 7,8 milhões de vagas. É o pior resultado da série
histórica, iniciada em 2012, informa o Valor Econômico.
Quase 2
milhões de empregos foram perdidos no comércio, o que representa redução de
11,1% ante os três meses anteriores.
Outras atividades
tiveram perdas expressivas, como indústria (-1,23 milhão de postos), construção
(-1,08 milhão) e serviços domésticos (-1,17 milhão).
A taxa de
desemprego do país cresceu de 11,6% no trimestre até fevereiro para 12,9% no
trimestre até maio. O país tinha 12,9 milhões de desempregados. Segundo
economistas, a taxa de desemprego do país não mostrou a realidade do mercado de
trabalho, porque o IBGE considera desempregado quem procura trabalho e não
encontra. Mas na quarentena a busca é mais difícil.
Segundo
cálculos da MCM Consultores, o desemprego teria atingido 20 milhões de pessoas
e a taxa estaria em 18,9%.
Com a
flexibilização da quarentena, os indicadores de desemprego devem mostrar alta
em junho, refletindo uma maior busca por vagas no mercado de trabalho. Há
estimativas que apontam alta da taxa para 14% em maio. Se confirmada, a taxa
será um recorde da série.
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