(Foto: Reprodução)
Programa da Globo fez questão de destacar que as informações
coletadas pelo Facebook de contas de assessores próximos à família Bolsonaro
podem ser adicionadas às ações do STF que pedem a sua cassação
2 de agosto de
2020
O programa Fantástico, da Globo, veiculou em sua edição da noite deste
domingo (2) uma longa reportagem mostrando detalhes sobre a investigação do
Facebook que derrubou páginas de assessores próximos à família Bolsonaro que
são utilizadas para disseminar fake news e promover ataques contra adversários.
Durante a exibição da matéria, o programa procurou evidenciar a
proximidade entre assessores que se fingiam de “jornalistas” com o presidente
Jair Bolsonaro, seus filhos e deputados bolsonaristas.
No dia 8 de julho, o Facebook derrubou uma rede de distribuição de fake
news e perfis falsos ligada aos gabinetes de Jair Bolsonaro, do senador Flávio
Bolsonaro (Republicanos-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e
dos deputados estaduais bolsonaristas Anderson Moraes (PSL-RJ) e Alana Passos
(PSL-RJ). Todos tiveram destaque na matéria do Fantástico.
Técnicos da rede social identificaram 35 contas, 14 páginas e 1 grupo,
além de 38 contas no Instagram, que pertence ao Facebook. O grupo contava com
350 participantes. Já as páginas no Facebook somavam 883 mil seguidores, e os
perfis do Instagram, 917 mil.
Já neste sábado (1), o Facebook informou que acatou pedido do Supremo
Tribunal Federal (STF) e vai bloqueou, em todo o mundo, as contas de perfis
bolsonaristas.
A medida vem após o ministro do STF, Alexandre de Moraes, aumentar o
valor da multa diária contra a rede social para R$ 1,2 milhão e cobrar o
pagamento de R$ 1,92 milhão por descumprimento da ordem judicial, no âmbito do
inquérito das fake news. O ministro também intimou pessoalmente o presidente da
empresa no país a cumprir sua determinação.
Dando detalhes de como funcionava a operação das páginas de fake news
bolsonaristas, o Fantástico destacou, por exemplo, as notícias falsas criadas
sistematicamente contra Fernando Haddad (PT), oponente de Bolsonaro na eleição
de 2018.
A reportagem também ressaltou que as informações colhidas pelo Facebook
sobre as páginas foram enviadas à Polícia Federal e podem ainda serem anexadas
às ações que pedem a cassação de Bolsonaro no STF.
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