(Foto: REUTERS/Adriano Machado)
Empresário afirma que o senador Flávio Bolsonaro, filho do
presidente da República, fraudava notas fiscais da franquia da loja de
chocolates. A denúncia lhe rendeu ameaça de morte
14 de agosto
de 2020
O empresário
que vendeu loja de chocolate para Flávio
Bolsonaro diz que foi ameaçado ao tentar fazer denúncia.
A informação
foi veiculada no Jornal Nacional na noite da quinta-feirta (13). O empresário
afirma que foi ameaçado ao tentar fazer a denúncia de que Flávio Bolsonaro
fraudava notas fiscais. A loja do senador é alvo de investigação de lavagem de
dinheiro.
Flávio
Bolsonaro é dono da loja de chocolates em um shopping na Barra da Tijuca desde
2015. Ele comprou o estabelecimento do empresário Cristiano Correia Souza e
Silva, que já tinha uma loja da mesma franquia num outro shopping no mesmo
bairro.
Na
investigação da rachadinha, o Ministério Público chamou Cristiano para prestar
depoimento. O empresário contou que, no
Natal de 2016, soube por clientes que a loja de Flávio Bolsonaro estaria
vendendo produtos abaixo da tabela da Kopenhagen.
Cristiano
disse que a prática significa uma infração contratual e, por isso, entrou em
contato com a matriz, que, segundo ele, fez uma fiscalização e constatou que a
operação ocorria com emissão de nota fiscal com o preço cheio, mas o cliente
pagava um valor menor.
A denúncia
reforça a hipótese do Ministério Público de que havia uma engrenagem montada
para esquentar dinheiro na loja de chocolates.
Os
investigadores afirmam que a loja recebia mais dinheiro vivo do que outras
franqueadas, em média. Os pagamentos em espécie permaneciam constantes mesmo em
períodos de aumento das vendas, como a Páscoa.
O Ministério
Público diz que Flávio Bolsonaro e a mulher dele, Fernanda Bolsonaro,
investiram mais de R$ 1 milhão na compra da loja. Valores que, segundo os
promotores, não seriam compatíveis com a renda do casal.
Cristiano
Silva contou ao MP que ele e a mulher receberam ameaças por e-mail depois que a
denúncia chegou ao grupo de conversas dos franqueados da Kopenhagen, informa o
G1.
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