Foto: Reprodução
12 de agosto de 2020
Na madruga é
quando a TV Globo dá o recado mais áspero para o ministro da Economia Paulo
Guedes. Pelo Jornal da Globo, de hoje (12), a ironia do comentarista Carlos
Alberto Sardenberg foi certeira: Guedes prometeu privatizar três ou 4 grandes
estatais, não conseguiu; reforma administrativa, não saiu, não reduziu salários
dos servidores nem diminuiu gastos com aposentadorias e pensões.
“Só tá faltando
Paulo Guedes [deixar o governo]”, ameaçou Sardenberg, ao comentar sobre a
debandada de 7 membros da equipe econômica. “A agenda de Guedes está caindo aos
pedaços e quem está assumindo a agenda é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia”,
completou..
Paulo Guedes
continua sendo o ministro da “semana que vem nós vamos”, segundo a Globo,
dentre da perspectiva neoliberal de dilapidar a soberania nacional e ferrar com
os trabalhadores brasileiros.
Em sua defesa
própria –e dos interesses cruzados dos bancos e dos barões da velha mídia —
Paulo Guedes afirmou nesta terça-feira (11) que não apoia eventuais medidas
para furar o teto de gastos do governo, limite estabelecido na Constituição em
2016 para impedir o aumento de despesas no Orçamento que será elaborado para o
ano seguinte. A declaração do ministro foi feita após reunião com o presidente
da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Guedes reafirmou
que não há apoio para uma eventual tentativa de furar o teto de gastos do
governo para garantir investimentos públicos no país..
“Não haverá
nenhum apoio do ministério da Economia a fura-tetos. Se tiver ministro fura-teto,
eu vou brigar com ministro fura-teto”, disse.
O ministro da
Economia também afirmou que o país foi obrigado a gastar mais recursos com
saúde neste ano devido à pandemia da covid-19, mas que o padrão de gastos não
pode ser mantido em 2021, indicado que o arrocho no SUS (Sistema Único de
Saúde) voltará mais raivoso.
“Se nós tentamos
ano seguinte seguindo com o padrão de gastos, nós vamos para o caos. Os
conselheiros do presidente [Bolsonaro] que estão aconselhando a pular a cerca e
furar-teto vão levar o presidente para uma zona de incerteza, para uma zona
sombria, zona de impeachment, zona de irresponsabilidade fiscal, e o presidente
sabe disso. O presidente tem nos apoiado”, analisou..
O presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, uma espécie de “ouvidor” do sistema
financeiro, também defendeu o equilíbrio fiscal e disse que os investimentos
devem vir do corte de despesas públicas.
“Nossa decisão
de estar aqui falando em conjunto é para mostrar para a sociedade brasileira,
para o governo brasileiro, para o Legislativo brasileiro que nós queremos
encontrar caminhos para melhorar a qualidade do gasto público, mas não será
furando o teto de gastos. Não há jeitinho para resolver os problemas de gasto
público no Brasil. Só tem um jeito, é reformar o Estado brasileiro”, disse
Maia.
Na última
pressão da Globo, no ano passado, resultou na aprovação da criminosa reforma da
previdência –o fim das aposentadorias– projeto que aprofunda o desemprego e a
recessão no País.
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