(Foto: Reprodução/Youtube)
A fraude da delação de Antonio Palocci tornada pública pela
Polícia Federal desencadeou uma busca por seus cúmplices. O jornalista Joaquim
de Carvalho, do DCM, destaca que o desembargador João Pedro Gebran Neto, do
TRF-4, participou da engrenagem criminosa que interferiu nas eleições de 2018
Por Joaquim de
Carvalho | 16 de agosto de 2020
A consagração
pública de que Antonio Palocci é um mentiroso não impediu que o jornalismo
investigativo cavocasse mais e maiores problemas na aceitação e divulgação de
sua delação. Segundo o jornalista Joaquim de Carvalho, durante mais de dois
anos, Palocci se ofereceu a Moro para delatar. Ameaçou entregar a Globo e
bancos, em depoimento que tratou de outro assunto.”
A matéria de
Carvalho, publicada no site DCM, destaca que “até a força-tarefa de Curitiba
rejeitou, talvez em uma estratégia que só se compreenderia mais tarde:
terceirizar a responsabilidade. Na época, em chat privado, a procuradora Laura
Tessler chegou a comentar sobre a farsa, como se saberia pela Vaza Jato. “Não
só é difícil provar, como é impossível extrair algo da delação dele”, afirmou.
“O melhor é que (Palocci) fala até daquilo que ele acha que pode ser que talvez
seja”, acrescentou Antônio Carlos Welter.”
A matéria
também sublinha a declaração da defesa de Lula sobre o episódio: “sempre
dissemos que a delação de Palocci era um instrumento da Lava Jato para praticar
lawfare contra o ex-presidente Lula. Na semana passada o Supremo Tribunal
Federal acolheu um dos recursos que levamos à Corte para reconhecer que Moro
agiu de forma ilegal e com viés político ao anexar, de ofício, essa delação ao
processo de Lula seis dias antes do primeiro turno das eleições presidenciais
de 2018. Agora a Polícia Federal concluiu que a mesma delação é um nada. Isso
reforça que sempre estivemos na direção certa e que Moro e a Lava Jato
praticaram intenso lawfare para tentar aniquilar Lula e para isso colocaram o
país numa situação terrível”, afirmou Cristiano Zanin.
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