(Foto:
Reuters)
O governo de Jair Bolsonaro está fazendo pressões sobre o
Superior Tribunal de Justiça para manter afastado o governador do Rio de
Janeiro Wilson Witzel. O julgamento será nesta quarta-feira. Estão em curso
manobras políticas para selar aliança com o vice Claudio Castro. Bolsonaro
aposta que o governador interino vai indicar chefes de órgãos de investigação
que atuarão favoravelmente ao seu clã, atropelando a justiça
1 de setembro de
2020
A pressão é
total por parte do Palácio do Planalto pelo afastamento do governador Wilson
Witzel, inimigo da família presidencial. Jair Bolsonaro e seus assessores estão
realizando manobras políticas para se aliar ao governador interino do Rio de
Janeiro, Cláudio Castro (PSC), de olho nas nomeações que este fará do chefe da
Procuradoria estadual em favor do seu clã.
O estreitamento
da relação de Bolsonaro com o novo governador ficou ainda mais evidente nesta
segunda-feira (31), após Castro publicar em redes sociais a informação de que
recebeu uma ligação do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para falar da
situação do estado, informa reportagem de Matheus Teixeira, Marcelo Rocha e
Julia Chaib na Folha de S.Paulo.
Será de Castro a
prerrogativa de indicar o chefe do Ministério Público do Rio e da Polícia
Civil, órgãos que investigam o presidente e membros do seu clã.
Bolsonaro aposta
que o STJ, que tem diversos ministros de olho no STF (Supremo Tribunal
Federal), confirme a decisão de afastar o governador Witzel, tomada
monocraticamente pelo ministro Benedito Gonçalves.
O presidente do
STF, Dias Toffoli, deve aguardar uma decisão colegiada do STJ sobre o tema
antes de analisar o recurso apresentado por Witzel ao Supremo.
No STJ, é
corrente a opinião de que o colegiado poderá confirmar por unanimidade o
afastamento de Witzel.
Porém, o
afastamento de um governador em despacho monocrático está sendo alvo de
críticas em meios jurídicos e políticos.
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