(Foto:
Reprodução/Youtube)
"A presença do Secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo
[equivale ao cargo de chanceler] em território brasileiro usado como base para
agredir a vizinha Venezuela comprova que, para um governo servil e subjugado, a
subserviência e o capachismo não têm limites", diz o colunista Jeferson
Miola sobre os interesses envolvidos na visita do secretário americano no
Brasil
19 de setembro
de 2020
Integrante do
Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi
coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial
...
A subserviência
e o capachismo do governo Bolsonaro e do comando das Forças Armadas do Brasil
aos EUA não têm limites.
Engana-se quem
imagina que gestos vergonhosos, como a reverência do Bolsonaro à bandeira
estadunidense e a celebração do 4 de julho na Embaixada dos EUA; a isenção de
tarifa de etanol dos EUA; a entrega da base de Alcântara, e o financiamento,
com orçamento nacional, de oficiais das Forças Armadas para servirem ao Comando
Sul dos EUA, poderiam significar o fundo do poço que o Brasil seria capaz de
alcançar em termos de ultraje e humilhação.
A presença do
Secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo [equivale ao cargo de chanceler] em
território brasileiro usado como base para agredir a vizinha Venezuela comprova
que, para um governo servil e subjugado, a subserviência e o capachismo não têm
limites.
Bolsonaro se
assume o tempo inteiro como um obediente vassalo do Trump.
Mas é ainda
pior; porque, além disso, Bolsonaro ainda se vangloria de ser o verme
rastejante que faz do Brasil um pária no sistema de nações.
Bolsonaro é um
servo dos EUA a serviço da desestabilização, do caos e da promoção do conflito
entre países-irmãos da América do Sul.
A escolha de
fornecer infra-estrutura logística e territorial para as políticas
intervencionistas e agressivas de Trump na região, que é crime de
responsabilidade, pois fere o artigo 4º da CF, contribui para converter o
continente sul-americano numa enorme e incontrolável Síria.
Hoje,
conhecendo-se a relevância econômica, política e militar da China e da Rússia
na Venezuela, está fora de dúvida que, em caso de agressão estadunidense, a
região passaria a ser um foco mundial de conflitos e disputas geopolíticas,
geoestratégicas, geoeconômicas e militares entre potências extrarregionais.
O governo
Bolsonaro e seus militares deram mais um passo na conversão do Brasil ao posto
ultrajante e humilhante de mero protetorado dos EUA; puseram o Brasil de
joelhos perante seu “rei imperial”.
Com esta escolha
ultrajante e que, além de inconstitucional, é criminosa, eles também estarão
mergulhando o Brasil e o povo brasileiro em conflitos infames e insanos.
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