(Foto: Reuters)
“Eu não vou interferir no mercado, o que tem que valer é lei da
oferta e da procura”, disse Bolsonaro em sua live semanal. No entanto, ele
confirmou que avalizou decisão da Secretaria de Defesa do Consumidor (SDC) de
abrir apuração para verificar se há irregularidades no valor do alimento
10 de setembro
de 2020
(Reuters) - O
presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que não vai interferir no
mercado a fim de reduzir o preço do arroz, mas disse que avalizou a decisão da
Secretaria de Defesa do Consumidor (SDC) de abrir apuração para verificar se há
irregularidades no valor que o alimento tem sido vendido nos supermercados.
“Eu não vou
interferir no mercado, o que tem que valer é lei da oferta e da procura”, disse
Bolsonaro, em transmissão nas redes sociais.
“Ninguém quer
tabelar nada, interferir em nada, isso não existe. A gente sabe que, uma vez
interferindo, tabelando, isso desaparece da prateleira e depois a mercadoria
aparece no câmbio negro muito mais cara”, acrescentou, ao citar que o Brasil já
teve experiência com essa prática de tabelamento.
Ainda assim,
Bolsonaro disse ter conversado com o ministro da Justiça, André Mendonça, antes
de a SDC, que é vinculada ao ministério, abrir uma investigação sobre o preço
do arroz vendido nos supermercados.
O presidente
afirmou ter concordado com a iniciativa, ponderando que, ao final, pode até se
chegar a uma resposta na qual o “errado” é o próprio governo.
Em uma
justificativa para o aumento do insumo, ele disse que, com o auxílio
emergencial, houve um aumento no consumo do alimento, o que ajudou a
“desaparecer um pouco” a mercadoria da prateleira dos supermercados.
Bolsonaro disse
ainda que o dólar está alto, o que tem ajudado na exportação do arroz. Ele
reiterou que o governo está tomando providências sobre o caso, e citou a
decisão de importar 400 mil toneladas de arroz sem imposto de importação.
O presidente
destacou ter conversado com representantes do setor de supermercados que lhe
disseram que a margem de lucro com o produto será reduzida. Na transmissão,
entretanto, ele não detalhou como isso seria feito.
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