Por Luis Nassif | Jornal GGN | 10 de setembro de 2020
Em 2015, a mídia fez terrorismo amplo com a explosão dos preços do
tomate. Não existe estoque regulador para tomate. A explosão de preços depende
de problemas climáticos. Mesmo assim, o Jornal Nacional chegou a produzir
reportagens lembrando os tempos dos reajustes diários de preços nos
supermercados.
Já o arroz depende substancialmente de estoques reguladores.
Trata-se de uma prática saudável de política econômica, que beneficia o
consumidor, mas não o produtor. Os estoques impedem altas especulativas ou de
desequilíbrios de oferta.
Desde 2016, a nova matriz econômica, de Michel Temer-Henrique
Meirelles e Bolsonaro-Paulo Guedes, abandonaram os estoques reguladores. A
loucura de atender a todas as demandas de mercado e de aliados, em detrimento
do consumidor, acabaram com os estoques reguladores.
Confira o gráfico abaixo, em cima dos relatórios da Conab
(Companhia Nacional de Abastecimento), responsável pela gestão dos estoques
reguladores.
Em 2015 os estoques médios mensais de arroz foram de 1.629
toneladas. Em 2016, ainda em plena crise política do governo Dilma, caíram para
88 toneladas. Entrando o governo Temer, a média mensal ficou rodeando as 30
toneladas mensais. Com Paulo Guedes e o gênio da lâmpada da Lei do Teto, caíram
para 22 toneladas mensais.
Bastou o primeiro desequilíbrio no mercado para os preços
explodirem.
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