Foto: Polícia Federal/Divulgação
Segundo a Polícia Federal, dois suspeitos
são sócios da empresa
12/09/2020
Os três homens presos nesta sexta-feira (11) em ação da Polícia Federal
(PF) e da Receita com 346,8 kg de cocaína, no Porto do Pecém, na Grande
Fortaleza, são ligados a uma empresa que presta serviços terceirizados para o Porto,
segundo as investigações da PF. O trio era monitorado desde que pediu
credenciamento para entrar na área e foi descoberto a partir de uma operação
que flagou 330 kg de cocaína em 2019 no mesmo terminal.
De acordo com a PF, dos três suspeitos, dois deles são sócios da
empresa, e o outro, empregado. Eles vão responder pelos crimes de tráfico
internacional de drogas e associação para o tráfico, cujas penas podem variar
de sete a 25 anos de reclusão. As identidades dos presos e o nome da empresa
não foram divulgados.
Investigação desde 2019
O flagrante se deu a partir de uma prisão feita em operação de 2019, que
apreendeu 330 kg de cocaína também no Porto do Pecém. "Foi iniciado um
trabalho de inteligência em conjunto entre PF e Receita Federal, e a partir dos
estudos feitos, desses dados, se chegou à identificação provável dessas
pessoas, que havia uma possibilidade deles estarem fazendo um ingresso de
drogas no Porto, com destino ao exterior", disse o delegado regional da PF
de Combate ao Crime Organizado, Paulo Henrique Oliveira.
Droga seria embarcada em contêiner
Segundo o delegado, no momento da abordagem na sexta, foram encontradas
várias caixas sendo preparadas para embarque em um contêiner que iria para fora
do Brasil. "Foram encontradas várias caixas contendo cocaína. Foi feito
teste na hora e foi verificado que se tratava de cocaína, e essas caixas já
estavam sendo arrumadas para serem ingressadas dentro de um contêiner que iria
para o exterior", disse o delegado da PF.
Os suspeitos eram monitorados pela PF desde que um credenciamento foi
pedido para entrar no porto. "Para ter acesso ao Porto do Pecém, todas as
pessoas precisam ser credenciadas. O que aconteceu é que através de um trabalho
de inteligência entre a Receita Federal e a Polícia Federal, eles já vinham
monitorando essas pessoas e houve um pedido recente de credenciamento. Fizemos
a abordagem próximo ao terminal de múltiplo uso", afirmou o delegado da
Alfândega, Carlos Wilson Albuquerque.
O Complexo do Pecém disse que o Porto tem vigilância "24h/7x por
semana, além de scanner para contêineres e sistema de monitoramento com câmeras
de vigilância, inclusive em toda a sua área alfandegada". O Complexo disse
ainda que "enaltece a operação realizada nesta sexta-feira (11) pela
Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal do Brasil, nas dependências
do terminal portuário do Pecém" e destacou a "permanente colaboração
com todas as autoridades e órgãos competentes, sempre presentes em nossas
operações".
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