Por Fernando Brito | 08/09/2020
O placar de 9 a
1 pela punição sobre o procurador Deltan Dallagnol não deixam dúvida de que a
Lava Jato perdeu sua onipotência e seu “direito” de atropelar mecanismos legais
e éticos, ainda que o procurador já não seja, formalmente, o seu coordenador.
Não se tratava,
como os procuradores que se manifestaram em sua defesa, do direito de que
Deltan pudesse ter a opinião política que desejar, mas a de usar a sua condição
de “paladino da moralidade” para envolver-se na eleição da presidência do
Senado, como se fosse um militante ou um detentor de mandato político.
Na verdade, pela
primeira um órgão julgador – e o Conselho Nacional do Ministério Público é
formado, na maioria, membros do próprio MP- condena a politização que a Lava
Jato fez dos processos judiciais, embora a punição em forma de censura seja
pequena frete a outras violações que a operação praticou.
O império de
Curitiba, porém, ainda resiste e acaba de apresentar ao Supremo um recurso para
que a Procuradoria Geral da República não possa ter acesso aos milhares de
documentos – e milhares de sigilos quebrados – que estão em seus arquivos.
Repito o que
disse anteontem: a cabeça peçonhenta que se formou ali só será cortada quando a
punição sair do ator coadjuvante de Dallagnol e chegar ao ator principal:
Sérgio Moro.
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