Por Fernando
Brito | 28/10/2020
O Brasil está
mais perto de cumprir a profecia do FMI e terminar 2020 com uma dívida pública
superior ao seu Produto Interno Bruto.
O risco-país
subiu 80% este ano, o Tesouro paga juros muito maiores que os da taxa oficial
Selic e embola para o curto prazo o maior número de vencimentos de seus
compromissos, quando o ideal seria o alongamento dos prazos.
O dólar
encostou, neste momento, nos R$ 5,70, 42,5% de valorização desde o dia 1° de
janeiro.
As pressões
inflacionárias causadas pelo câmbio, portanto, não vão ceder tão cedo. Inflação
para cima, ficando quase no dobro dos juros oficiais.
Tempo fechado
por aqui, tempestade se desencadeando lá fora: além do número de casos recorde,
a Europa começou a registrar uma aumentos espetacular no número de mortes.
Na França, o
número de mortes chegou a 523 num único dia, o que não se alcançava desde
abril. Reino Unido e Itália, respectivamente, 327 e 221 óbitos, o que não se
via desde meados de maio.
Vão fechar suas
cidades, é claro, mesmo com menos intensidade (e progressivamente mais e mais)
e as economias vão perder boa parte do que recuperaram desde junho.
Do outro lado do
Atlântico, metade dos eleitores norte-americanos já votaram antecipadamente, o
que reduz a zero a chance de Trump virar o jogo, se for verdadeiro o que as
pesquisas indicam neste momento.
Quem se
aventurar, num quadro como este, a fazer previsões econômicas ou políticas tem
quase certeza do erro.
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