10 de novembro de 2020
O ex-governador
Ciro Gomes (PDT) pegou a estrada e o microfone na reta final desta campanha. Em
atividade de campanha em São Paulo, nesta segunda-feira (9), o presidenciável
ironizou a fake news de que o ex-ministro Sérgio Moro seria candidato de
‘centro’ na disputa pela Presidência da República em 2022. ‘Nem aqui nem na
China’, disse.
Ciro Gomes
contestou a tese segunda qual Moro, o apresentador Luciano Huck (Globo) e o
governador de São Paulo, João Doria, estariam no ‘centro’ do espectro político
brasileiro.
“No dia que
Doria, Huck e Moro forem de centro, eu sou de ultra-esquerda, o que eu nunca
fui”, ironizou o presidenciável do PDT, ao comentar o tititi iniciado pelos
três com vistas às eleições de 2022.
A declaração de
Ciro ocorreu após evento com a militância pedetista em apoio ao ex-governador
Márcio França (PSB), candidato à Prefeitura de São Paulo, em uma chapa com o
pedetista Antonio Neto na vice.
“Então vamos ter
compostura. Moro vendeu a toga em troca de um cargo vitalício e é um cara da
extrema-direita. O Moro se veste como os fascistas italianos da década de 1930.
Ele está sempre com uma camisa escura sobre um paletó escuro. O Moro é
fascista. O Moro vendeu a toga, prendeu um adversário político, tirou o
adversário político da eleição e, em seguida, aceitou ser ministro do que
ganhou a eleição. Isso é uma lesão ética que transforma o Moro para mim em um
grande malandro”, disparou Ciro.
O ex-governador
do Ceará, porém, aliviou para o lado de Huck e atribuiu a ele inexperiência
para dirigir o país.
“O Luciano Huck
é um apresentador de televisão. Ok, é uma tarefa das mais dignas. Isso prepara
para enfrentar a maior crise social, econômica? O posicionamento internacional
do Brasil, o Congresso hiper fraturado?”, perguntou. “Só a irresponsabilidade
de algumas pessoas da elite brasileira é que permitem a gente acreditar isso”,
afirmou.
Por outro lado,
Ciro Gomes foi bastante ácido em relação a Doria, ao dizer que o governador de
São Paulo mentiu para o povo quando era prefeito da cidade. Doria tinha prometido
não deixar o mandato na Prefeitura para disputar o governo do estado, no
entanto, dois anos depois abandonou cargo pelo atual.
“Ele já
resolveu: vai terceirizar a Prefeitura para o MDB, vai terceirizar o governo do
Estado para o DEM. Esse é o plano dele, para ele ser o presidente da República.
E vocês que se arrebentem”, discursou Ciro.
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