(Foto:
GOVSP | Reuters | PR)
O governo de São Paulo não foi avisado sobre a suspensão de
testes da vacina chinesa Coronavac e se generaliza o temor de que a medida seja
usada politicamente para retardar a aprovação do imunizante e o cronograma de
vacinação
10 de novembro
de 2020
A suspensão do
teste clínico da vacina chinesa Coronavac gerou desconforto e estranheza no
governo paulista, que teme que o episódio seja usado politicamente para
retardar o cronograma de aprovação do imunizante e a vacinação.
O governo de São
Paulo só ficou sabendo da suspensão do teste clínico nesta segunda-feira (9),
por meio de nota, em horário nobre de noticiários de televisão, no mesmo dia em
que pela manhã, o governador João Doria havia inaugurado as obras da fábrica de
vacinas que produzirá em larga escala a Coronavac, caso tudo dê certo, no
Brasil a partir de setembro do ano que vem, informa o jornalista Igor Gielow na
Folha de S.Paulo.
Doria também
havia anunciado a chegada do primeiro lote da vacina, 120 mil das 6 milhões de
doses prontas importadas da China, para o dia 20 de novembro.
Segundo a
Anvisa, ocorreu a morte de um voluntário de 33 anos de São Paulo. Para o
diretor do Butantan, Dimas Covas, o óbito não teve nenhuma relação com a
vacina. Não há detalhes do ocorrido devido ao sigilo médico envolvido em
ensaios deste tipo.
Autoridades
paulistas temem que haja direcionamento político de ações da Anvisa na luta que
Jair Bolsonaro move contra o governador de São Paulo.
Negacionista em
relação à pandemia e oponente ideológico à China, Bolsonaro colocou o
governador de São Paulo e a vacina Coronavac no alvo de suas ações.
Generaliza-se o
temor de que Bolsonaro use decisões
técnicas para atrasar o cronograma de aprovação da vacina e da vacinação por
motivos políticos.
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