(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Divulgação)
De acordo com o MP-RJ, foram sacados R$ 25
mil da conta de Fabrício Queiroz para a de Fernanda, esposa de Flávio
Bolsonaro, num esquema de desvios de dinheiro da Assembleia Legislativa do Rio.
Queiroz, disse o órgão, materializou "nos registros bancários vestígios
concretos da destinação final dos valores desviados da Alerj". A ideia era
quitar um imóvel do senador
18 de novembro de 2020
O Ministério Público do Rio (MP-RJ) vê um "descuido" do
ex-assessor Fabrício Queiroz como umas provas do órgão para apontar o uso de
dinheiro desviado da Assembleia Legislativa (Alerj) no pagamento de uma
cobertura adquirida pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), em 2011.
Uma transação foi feita na conta da mulher do parlamentar, Fernanda, e tentou
dar uma aparência de legalidade a depósitos fracionados às vésperas dos
vencimentos do imóvel. Uma das transações investigadas foi a compra de uma
cobertura em Laranjeiras, na zona sul do Rio, por R$ 2,2 milhões naquele mesmo
ano, de acordo com informações publicadas pelo blog do Fausto Macedo.
Deputado estadual antes de ser eleito senador, Flávio Bolsonaro e Queiroz
foram denunciados este mês pelo MP-RJ por peculato, lavagem de dinheiro e
organização criminosa. Fernanda também foi denunciada (lavagem de dinheiro).
Em agosto de 2011, o casal precisaria desembolsar R$ 110 mil para quitar
o sinal do imóvel, uma garantia de compra. Mas a conta dos Bolsonaro "não
possuía lastro financeiro para custear a operação" informou o MP-RJ. Na
véspera do pagamento, no entanto, um depósito de R$ 25 mil caiu na conta de
Fernanda e, naquele momento, Queiroz cometeu um "descuido".
Segundo as investigações, o dinheiro teria sido sacado em espécie da
conta do próprio Queiroz antes de ser depositado em nome de Fernanda. "Em
razão do alto valor depositado, o denunciado Fabrício José Carlos de Queiroz
teve que registrar seu próprio nome na agência bancária como responsável pelo
depósito em espécie, materializando nos registros bancários vestígios concretos
da destinação final dos valores desviados da Alerj", afirmou a Promotoria.
O MP-RJ informou que Flávio Bolsonaro desviou R$ 6 milhões em dinheiro
público por meio do esquema rachadinha na Alerj. Eram feitos pagamentos de
gastos da família com dinheiro em espécie. Outra forma de desviar dinheiro eram
depósitos em espécie realizados nas contas bancárias do parlamentar e da
esposa. Também faziam transações imobiliárias.
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